terça-feira, 7 de junho de 2016

Série 12 Grandes do Brasil: SÃO PAULO

Os 12 maiores clubes do futebol brasileiro, com mais tradição histórica e maior quantidade de jogadores cedidos à Seleção Brasileira estão geograficamente distribuídos pelo país da seguinte forma: quatro em São Paulo, cidade economicamente mais rica do Brasil, sendo três na capital (Corinthians, São Paulo e Palmeiras) e um no litoral (Santos), quatro no Rio de Janeiro (Flamengo, Vasco da Gama, Fluminense e Botafogo), dois rivais de Belo Horizonte (Cruzeiro e Atlético Mineiro), e dois rivais de Porto Alegre (Grêmio e Internacional).

Em 1930, o futebol paulista estava imerso nas discussões de profissionalização do futebol, até então um esporte amador. O dilema levou ao fim do Departamento de Futebol do Club Athlético Paulistano (que seguiu existindo como clube social e desportivo não-futebol) e à extinção da Associação Atlética das Palmeiras. Eram dois clubes situados em áreas mais ricas da cidade de São Paulo. O Paulistano já havia sido 11 vezes Campeão Paulista, em 1905, 1908, 1913, 1916, 1917, 1918, 1919, 1921, 1926, 1927 e 1929; e o A. A. das Palmeiras havia sido 3 vezes Campeã Paulista, em 1909, 1910 e 1915. A fusão entre Paulistano e A.A. Palmeiras em 1930 deu origem ao São Paulo Futebol Clube, usando as cores vermelha do Paulistano, preta do A.A. das Palmeiras, e o branco. Nascia o Tricolor Paulista. O clube em 1935 quase acabou extinto, mas foi reestruturado com uma nova fusão, desta vez com o Clube de Regatas Tietê.


O clube recém criado conquistou logo seu primeiro título de Campeão Paulista de 1931, mas nos anos seguintes esteve longe de conseguir o protagonismo que o Paulistano tinha até o final dos Anos 1920. Mesmo sendo um clube rico, de elite, o São Paulo via o cenário ser dominado pelos rivais Corinthians e Palestra Itália (Palmeiras).

A situação começou a mudar nos Anos 1940, e o marco desta mudança foi a contratação, em 1942, do já consagrado centroavante Leônidas da Silva. A aquisição ao Flamengo foi o maior negócio da história do futebol brasileiro até então. Ele trocava o Rio de Janeiro por São Paulo já às vésperas de completar 30 anos. Ainda assim, o investimento rendeu muitos frutos. A grande estrela da Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 1938 chegou causando grande impacto no cenário paulista. Os são-paulinos foram Campeões Paulistas em 1943, bi em 1945-46 e bi em 1948-49. Leônidas jogou pelo São Paulo de 1942 a 1950, e entre 1943 e 1949, o São Paulo foi campeão em 5 das 7 edições disputadas. Esta era também produziu um outro dos grandes craques da história tricolor, o meio-campista Bauer, titular da Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 54, que brilhou com a camisa do São Paulo de 1945 a 1956.

São Paulo Bi-Campeão Paulista de 1945-46 

Outro ídolo do clube foi o goleiro argentino Jose Poy, que defendeu a meta do Tricolor Paulista de 1948 a 1962 e foi contemporâneo de outros jogadores que fizeram história com a camisa tricolor. Já o ponta-esquerda Canhoteiro defendeu as cores do clube de 1953 a 1963, o lateral-direito De Sordi de 1952 a 1965, e o volante Dino Sani de 1954 a 1960. Mesmo com estes grandes nomes, os são-paulinos não conseguiam conquistar títulos com a frequência que esperavam, o SPFC apenas foi Campeão Paulista em 1953. Só conseguiu voltar a ser campeão quando fez duas grandes apostas em 1957. Contratou o treinador húngaro Bela Guttmann, que dirigiu o São Paulo em 1957 e 1958. E contratou o veterano meia Zizinho ao Bangu. Ele chegava a São Paulo já aos 36 anos, e longe de ser o mesmo que brilhara na Seleção Brasileira na época que jogou pelo Flamengo. Mas Zizinho ainda conseguiu brilhar, sagrando-se Campeão Paulista de 1957 já aos 37 anos e sendo um dos grandes protagonistas da conquista. Ele ainda defendeu a camisa tricolor em 1958, quando se aposentou.

São Paulo Campeão Paulista de 1957

Na sequência da história são-paulina, o clube amargou um jejum de 12 anos sem conquistar títulos. Saiu do jejum com o time que foi Bi-campeão Paulista em 1970-71. E uma geração que esteve perto de dar um primeiro título de expressão nacional ao clube. Em 1971, o São Paulo que jogava com Sérgio, Pablo Forlan, Samuel, Arlindo e Gilberto; Teodoro e Gérson; Terto, Édson Cegonha, Toninho Guerreiro e Paraná, com o comando do técnico argentino Jose Poy, classificou-se para o triangular final do Campeonato Brasileiro ao lado de Botafogo e Atlético Mineiro, que acabou campeão, com os são-paulinos sendo vice. Em 1973, ainda treinado por Poy, e jogando com Valdir Peres, Pablo Forlan, Paranhos, Arlindo e Gilberto; Chicão, Zé Carlos e Pedro Rocha; Terto, Mirandinha e Piau, o São Paulo chegou ao quadrangular final contra Internacional, Cruzeiro e Palmeiras, que acabou campeão, com o Tricolor Paulista ficando novamente com o vice.

O São Paulo voltou a se consagrar Campeão Paulista de 1975, mas ansiava conquistas além dos limites do Estado de São Paulo. Todos seus títulos até então eram de estaduais, nenhum Rio-São Paulo, nenhuma Taça Brasil e nenhum Campeonato Brasileiro. A supremacia dos rivais da cidade também era um incômodo, ainda mais sendo ele, São Paulo Futebol Clube, o mais rico e com origens ligadas à elite paulistana. Até conquistar seu primeiro título nacional, o São Paulo tinha 11 títulos paulistas, contra 16 do Corinthians e 18 do Palmeiras. Este marco na história do clube foi conquistado com o time tendo sido Campeão Brasileiro de 1977.

O título de 77 veio de forma sofrida. O São Paulo garantiu vaga na semi-final ao vencer seu grupo na 3ª fase, do qual também faziam parte Grêmio, Sport Recife, Ponte Preta, XV de Piracicaba e Botafogo de Ribeirão Preto. Na semi-final, passou pelo Operário de Campo Grande, do Mato Grosso do Sul (3 x 0 e 0 x 1), indo para a final contra o Atlético Mineiro, na qual os dois jogos terminaram 0 x 0, com o título nacional sendo disputado, pela primeira vez na história do país, em cobranças de pênaltis, vencida pelo São Paulo por 3 x 2. O time campeão era Valdir Peres, Getúlio, Bezerra, Tecão e Antenor; Chicão, Teodoro e Neca; Mirandinha, Serginho Chulapa e Zé Sérgio. O técnico era Rubens Minelli.

São Paulo Campeão Brasileiro de 1977

O clube viveu outro bom momento quando foi Bi-campeão Paulista em 1980-81. E mais um vez tendo estado perto de voltar a ser campeão nacional. Perdeu a final do Brasileiro de 81 para o Grêmio. Seu time era formado por Valdir Peres, Getúlio, Oscar, Dario Pereyra e Marinho Chagas; Élvio, Renato Paulista e Éverton; Paulo César, Serginho Chulapa e Zé Sérgio. O técnico era Carlos Alberto Silva. Uma equipe que mais uma vez tinha num uruguaio uma de suas peças mais importantes, como havia sido nos Anos 1970 com o lateral-direito Pablo Forlán, pai de Diego Forlán, melhor jogador da Copa do Mundo de 2010, e sobretudo com o meio-campista Pedro Rocha. O uruguaio a brilhar com a camisa são-paulina agora era o zagueiro Dario Pereyra.

Um outro título brasileiro só veio, no entanto, como Campeão Brasileiro de 1986. O time tricolor era formado por Gilmar Rinaldi, Zé Teodoro, Wágner Basílio, Dario Pereyra e Nelsinho; Bernardo, Silas e Pita; Muller, Careca e Sydnei. O técnico era Pepe. Na reta final, os tricolores eliminaram ao paulista Internacional de Limeira nas oitavas de final (1 x 2 e 3 x 0), ao Fluminense nas quartas de final (2 x 0 e 1 x 2) e ao América, do Rio de Janeiro, na semi-final (1 x 0 e 1 x 1). A final foi diante do Guarani. O primeiro jogo foi no Morumbi, estádio do São Paulo, e terminou 1 x 1. O segundo jogo foi em Campinas, e também terminou 1 x 1. Houve então uma prorrogação eletrizante: o São Paulo saiu na frente, gol de Pita, mas o Guarani virou. O título era quase campineiro, quando Careca, a dois minutos do fim da prorrogação, voltou a empatar, deixando o placar em 3 x 3. Pênaltis! Assim como em 77, o São Paulo voltava a ser campeão nacional vencendo nas penalidades (4 x 3), conquistando seu segundo título brasileiro.

São Paulo Campeão Brasileiro de 1986

O final dos Anos 1980 foi um ensaio para a primeira grande era da história do clube. O São Paulo foi Campeão Paulista em 1985, 1987 e 1989. E foi duas vezes seguidas vice-campeão brasileiro. Em 1989, o time era formado por Gilmar Rinaldi, Netinho, Ricardo Rocha, Adílson e Nelsinho; Flávio, Bobô e Raí; Mário Tilico, Nei e Edvaldo, e treinado por Carlos Alberto Silva, e perdeu a final para o Vasco. Em 1990 a derrota foi ainda mais dura, pois a perda do título foi para o arqui-rival Corinthians, com a equipe jogando com Zetti, Cafu, Antônio Carlos Zago, Ivan e Leonardo; Bernardo, Flávio e Raí; Mário Tilico, Eliel e Elivélton, e já treinada por Telê Santana.

Mas a Primeira Era de Ouro São-paulina se deu entre 1991 e 1994, período sob a regência do técnico Telê Santana. O clube foi Bi-campeão Paulista em 1991-92 e foi Campeão Brasileiro de 1991. O título nacional de 91 veio com uma campanha irretocável. Líder na 1ª fase, o clube pode desfrutar a vantagem do empate na semi-final contra o 4º colocado, Atlético Mineiro (1 x 1 e 0 x 0). O Tricolor foi para a final contra o paulista Bragantino. Venceu o 1º jogo por 1 x 0 no Morumbi, com gol de Mário Tilico, e empatou em 0 x 0 na cidade de Bragança Paulista. Os campeões de 91: Zetti, Zé Teodoro, Antônio Carlos Zago, Ricardo Rocha e Leonardo; Bernardo, Ronaldão e Raí; Muller, Macedo e Cafu.

Raí

No ano seguinte, veio o título de Campeão da Copa Libertadores da América de 1992. Na 1ª fase, o São Paulo avançou no grupo que tinha o brasileiro Criciúma, e os bolivianos Bolivar e San Jose. Nas oitavas de final, eliminou o Nacional de Montevidéu, do Uruguai (1 x 0 e 2 x 0). Nas quartas passou pelo Criciúma (1 x 0 e 1 x 1). Na semi-final superou ao Barcelona de Guaiaquil, do Equador (3 x 0 e 0 x 2). E na final bateu o Newell's Old Boys, da Argentina (0 x 1 e 1 x 0, com vitória por 3 x 2 nos pênaltis). O time campeão sul-americano: Zetti, Cafu, Antônio Carlos Zago, Ronaldão e Ivan; Adilson, Pintado, Raí e Palhinha; Muller e Elivélton. No fim do ano, no Japão, o São Paulo foi Campeão da Copa Intercotinental de 1991. Enfrentou o Barcelona, da Espanha, saiu atrás no marcador após um gol de Hristo Stoichkov, mas virou, com dois gols de Raí, sagrando-se Campeão Mundial.

São Paulo Campeão da Libertadores e Mundial em 1992

Os momentos gloriosos se perpetuaram e veio o título de Bi-Campeão da Copa Libertadores da América em 1993. Como campeão, o São Paulo fez sua estréia direto nas oitavas de final, e encontrou logo seu adversário na final do ano anterior, o Newell's Old Boys, da Argentina (0 x 2 e 4 x 0). Nas quartas eliminou o Flamengo (1 x 1 e 2 x 0). Na semi-final passou pelo Cerro Porteño, do Paraguai (1 x 0 e 0 x 0). E na final bateu o Universidad Católica, do Chile (5 x 1 e 0 x 2). O time campeão sul-americano em 93: Zetti, Vitor, Válber, Gilmar e Marcos Adriano; Dinho, Pintado, Raí e Palhinha; Cafu e Muller. No fim do ano, no Japão, o São Paulo foi Bi-Campeão da Copa Intercotinental em 1992. Enfrentou o Milan, da Itália. Saiu na frente, com gol de Palhinha, mas o Milan empatou. Foi novamente a frente, com gol do veterano Toninho Cerezo, mas viu novo empate milanês. Até que aos 43 minutos do 2º tempo, Muller, num gol sem querer, que a bola bateu nele, fazendo o 3 x 2 definitivo. Bi-campeão Mundial.

São Paulo Campeão da Libertadores e Mundial em 1993

Na Libertadores de 1994, o São Paulo esteve muito perto de uma conquista que seria totalmente inédita para o futebol brasileiro, a de Tri-campeão da Libertadores. Chegou à final contra o Velez Sarsfield, da Argentina. O primeiro jogo, em Buenos Aires, terminou 1 x 0 para o Velez. Oportunidade de ser tri no Morumbi. Mas o São Paulo venceu apenas por 1 x 0, gol de Muller, e mais uma vez na história do clube seu destino seria selado numa decisão por pênaltis. Palhinha perdeu logo a primeira cobrança, definindo os rumos da disputa, que terminou 5 x 3 para o Velez Sarsfield.

A era de ouro ainda teve outros títulos continentais. O São Paulo foi Campeão da Supercopa dos Campeões da Libertadores de 1993. Na campanha, os são-paulinos eliminaram a Independiente, da Argentina (2 x 0 e 1 x 1), Grêmio (2 x 2 e 1 x 0) e Atlético Nacional de Medellin, da Colômbia (1 x 0, 1 x 2, e vitória por 5 x 4 nos pênaltis). A final foi contra o Flamengo. Os dois jogos, no Maracanã e no Morumbi, terminaram empatados em 2 x 2. Mais uma vez o São Paulo ia a pênaltis. E mais um título conquistado desta forma: 5 x 3. O time campeão era formado por Zetti, Cafu, Válber, Ronaldão e André Luiz; Dinho, Doriva, Toninho Cerezo e Palhinha; Leonardo e Muller. O técnico era Telê Santana.

No ano seguinte, dando-se ao luxo de jogar com um time reserva, o clube foi Campeão da Copa Conmebol de 1994. O técnico deste time era o auxiliar-técnico de Telê, e futuro treinador a fazer história no clube, Muricy Ramalho. O time jogava com Rogério Ceni, Pavão, Nélson, Bordon e Ronaldo Luís; Mona, Pereira, Juninho Paulista e Denilson; Catê e Caio Ribeiro. Na campanha tricolor foram superados Grêmio (0 x 0 e 0 x 0, com 6 x 5 nos pênaltis), Sporting Cristal, do Peru (3 x 1 e 0 x 0), Corinthians (4 x 3 e 2 x 3, com 6 x 5 nos pênaltis) e a final contra o Peñarol, do Uruguai (6 x 1 e 0 x 3).

Em duas eleições do Time de Todos os Tempos feitas pela Revista Placar, uma em 1982 e outra em 1994, os "Onze dos Sonhos" do São Paulo tiveram bastante mudanças. Os eleitos por torcedores são-paulinos na eleição feita em 1982 eram Poy; De Sordi, Mauro Ramos, Rui Campos e Noronha; Bauer, Sastre e Gérson; Luisinho, Leônidas da Silva e Canhoteiro. Na eleição de doze anos depois, os torcedores são-paulinos elegeram Poy; Cafu, Mauro Ramos, Roberto Dias e Noronha; Bauer, Pedro Rocha e Gérson; Muller, Leônidas da Silva e Canhoteiro. O zagueiro Roberto Dias defendeu o clube de 1960 a 1973. O zagueiro Rui jogou de 1944 a 1953, e o lateral-esquerdo Noronha de 1943 a 1951, ambos foram reservas da Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 1950. O meio-campista argentino Antonio Sastre defendeu o São Paulo de 1943 a 1946. O meia-armador, Gérson, o "Canhota de Ouro", Campeão Mundial com a Seleção Brasileira na Copa de 70, foi o camisa 10 tricolor de 1969 a 1972. Já o atacante Luisinho jogou no clube de 1930 a 1934, e depois de 1941 a 1946.

Ilustração do São Paulo dos Sonhos escolhido em 1994

A próxima sequência de títulos se deu com a Segunda Era de Ouro São-paulina, de 2005 a 2008. Em 2004, o São Paulo foi 3º lugar no Brasileiro, ficando entre os quatro que se classificavam à Libertadores. Ali se deu início a uma impressionante sequência de títulos. O São Paulo foi Campeão da Copa Libertadores de 2005, foi Campeão Mundial de Clubes em 2005 e foi Tri-Campeão Brasileiro em 2006-07-08, ainda tendo sido neste período Campeão Paulista de 2005.

Na Libertadores 2005, o São Paulo venceu na 1ª fase o grupo que tinha Quilmes, da Argentina, Universidad do Chile, e The Strongest, da Bolívia. Nos play-offs passou por Palmeiras (1 x 0 e 2 x 0), Tigres, do México (4 x 0 e 1 x 2) e River Plate, da Argentina (2 x 0 e 3 x 2). Foi para a final contra o Atlético Paranaense. Empatou a primeira partida em 1 x 1 e goleou impiedosamente por 4 x 0 dentro do Morumbi. Conquistou seu 3º título continental jogando com Rogério Ceni, Cicinho, Diego Lugano, Fabão, Alex Bruno e Júnior; Mineiro, Josué e Danilo; Márcio Amoroso e Luizão. O técnico era Paulo Autuori. No fim do ano jogou o Mundial de Clubes, no Japão: passou na semi-final pelo Al Ittihad, da Arábia Saudita, por 3 x 2. Foi para a final contra o Liverpool, da Inglaterra. Venceu por 1 x 0, gol de Mineiro aos 27 minutos do 1º tempo. Tri-campeão do Mundo!

São Paulo Campeão da Libertadores e Mundial em 2005

No ano seguinte o São Paulo foi Campeão Brasileiro de 2006, seu primeiro título no formato de pontos corridos. E ali iniciou uma série histórica, pois foi o primeiro clube brasileiro a conquistar três títulos consecutivos do Campeonato Brasileiro na história, todos eles conquistados sob o comando do técnico Muricy Ramalho. O time são-paulino jogava com Rogério Ceni, Ilsinho, Miranda, Fabão e Júnior; Mineiro, Josué, Danilo e Souza; Leandro e Aloísio Chulapa. Terminou a competição com 78 pontos, contra 69 do Internacional e 67 do Grêmio. Em 2007, jogando com a formação: Rogério Ceni, Miranda, Breno e Alex Silva; Hernanes, Richarlyson, Souza e Jorge Wágner; Leandro, Dagoberto e Aloísio Chulapa, terminou com 77 pontos, contra 62 do Santos e 61 de Flamengo e Fluminense, e 60 do Cruzeiro. Em 2008 o time era formado por Rogério Ceni, Miranda, André Dias e Rodrigo; Hernanes, Zé Luís, Jean, Hugo e Jorge Wágner; Dagoberto e Borges. Foi campeão fazendo 75 pontos, contra 72 feitos pelo Grêmio.

O grande símbolo do São Paulo Futebol Clube em sua Segunda Era de Ouro foi o goleiro-artilheiro Rogério Ceni. Ele defendeu a meta tricolor de 1992 a 2015, sendo que titular absoluto de 1996 a 2015. Além de excelente goleiro e de uma explícita liderança, ficou marcado por todos os gols que marcou, muitos cobrando falta, e vários cobrando pênalti. Foram impressionantes 129 gols marcados em sua carreira, superando e muito o único outro goleiro-artilheiro que o futebol mundial havia conhecido até então, o paraguaio Jose Luis Chilavert, arqueiro do Velez Sarsfield, da Argentina, que marcou 67 gols entre cobranças de falta e de pênaltis.

Rogério Ceni

Em 2006, a Revista Placar voltou a organizar a eleição do Time dos Sonhos. Com muitas conquistas desde a eleição anterior, os eleitos variaram bem em relação aos escolhidos doze anos antes, foram eles: Rogério Ceni; Cafu, Oscar, Dario Pereyra e Leonardo; Mineiro, Pedro Rocha e Raí; Muller, Careca e Canhoteiro. O técnico eleito foi Telê Santana.

Ilustração do São Paulo dos Sonhos escolhido em 2006

Em 2010, a Editora Maquinária convidou são-paulinos ilustres para eleger os Dez Mais de Todos os Tempos, e os escolhidos foram: Leônidas da Silva, Bauer, Canhoteiro, Roberto Dias, Pedro Rocha, Dario Pereyra, Serginho Chulapa, Careca, Raí e Rogério Ceni.

Após sua Segunda Era de Ouro, o São Paulo enfrentou um pequeno jejum de títulos, interrompido quando foi Campeão da Copa Sul-Americana de 2012. Venceu superando a Bahia (2 x 0 e 2 x 0), LDU de Loja, do Equador (1 x 1 e 0 x 0, avançando pelo gol marcado fora de casa), Universidad do Chile (2 x 0 e 5 x 0), Universidad Católica, do Chile (1 x 1 e 0 x 0, avançando pelo gol marcado fora de casa) e na final ao Tigres, da Argentina (0 x 0 e 2 x 0). O time campeão jogava com Rogério Ceni, Paulo Miranda, Rafael Tolói, Rhodolfo e Bruno Cortês; Wellington Martins, Denilson e Jadson; Lucas Moura, Luís Fabiano e Osvaldo. O técnico era Ney Franco.

O clube esteve novamente perto do título nacional no Brasileiro de 2014. O campeão foi o Cruzeiro, que fez 80 pontos, contra 70 feitos pelo Tricolor Paulista, que acabou como vice-campeão. O time jogava com Rogério Ceni, Hudson, Rafael Tolói, Édson Silva e Álvaro Pereira; Denílson, Souza, Paulo Henrique Ganso e Kaká; Alexandre Pato e Alan Kardec, com o técnico sendo novamente Muricy Ramalho.



Série Os 12 Grandes do Futebol Brasileiro







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