Os 12 maiores clubes do futebol brasileiro, com mais tradição histórica e maior quantidade de jogadores cedidos à Seleção Brasileira estão geograficamente distribuídos pelo país da seguinte forma: quatro em São Paulo, cidade economicamente mais rica do Brasil, sendo três na capital (Corinthians, São Paulo e Palmeiras) e um no litoral (Santos), quatro no Rio de Janeiro (Flamengo, Vasco da Gama, Fluminense e Botafogo), dois rivais de Belo Horizonte (Cruzeiro e Atlético Mineiro), e dois rivais de Porto Alegre (Grêmio e Internacional).
O Club de Regatas Vasco da Gama foi fundado em 1898 como um clube de remo. Os fundadores do clube eram da colônia de portugueses residentes no Rio de Janeiro. O Vasco criou seu Departamento de Futebol só em 1916, porém, só chegou à Primeira Divisão do futebol carioca em 1923, após se sagrar Campeão Carioca da 2ª Divisão em 1922. A Cruz de Malta, símbolo das conquistas marítimas de Portugal, chegava à elite para começar a construir a história do futebol cruzmaltino.
Logo nos seus dois primeiros anos na elite do futebol do Rio de Janeiro, o Vasco foi Bi-campeão Carioca em 1923-24, impulsionado pelo forte aporte de recursos dos comerciantes portugueses da cidade. O time bi-campeão era comandado pelo técnico uruguaio Ramón Platero, que já havia dado ao Fluminense o título carioca de 1919. O clube voltou a conquistar o título de Campeão Carioca em 1929, 1934 e 1936.
O status diferenciado de grandeza no cenário futebolístico da cidade foi definitivamente conquistado na Primeira Era de Ouro Vascaína, de 1945 a 1952, com a equipe que ficou sendo chamada de "Expresso da Vitória". Neste período, o Vasco foi Campeão Carioca em 1945, 1947, 1949, 1950 e 1952, conquistando, portanto, cinco títulos em oito edições do Estadual do Rio de Janeiro, reinando no futebol da cidade. A maior glória, entretanto, foi a de ter sido Campeão Sul-Americano de Clubes Campeões em 1948. Esta equipe era a base da Seleção Brasileira que foi vice-campeã na Copa do Mundo de 1950.
A geração do Expresso começou com o trabalho do técnico uruguaio Ondino Vieira. O time campeão de 45 jogava com Rodrigues, Augusto e Ramón Rafagnelli; Ely, Sebastián Berascochea e Argemiro; Djalma, Lelé, Isaías, Jair da Rosa Pinto e Chico. No banco já estava o jovem Ademir Menezes. E o técnico uruguaio tinha dois jogadores estrangeiros, o zagueiro argentino Rafagnelli e o volante uruguaio Berascochea. Dois anos depois, os campeões de 1947 já eram treinados por Flávio Costa. Mas a base da equipe era a mesma. Os titulares nesta campanha foram: Barbosa, Augusto e Ramón Rafagnelli; Ely, Danilo Alvim e Jorge; Djalma, Maneca, Isaías, Friaça e Chico.
A maior conquista veio em 1948, com o torneio sul-americano conquistado no Estádio Nacional de Santiago, no Chile. O Vasco venceu a Litoral, da Bolívia (2 x 1), Nacional de Montevidéu, do Uruguai (4 x 1), Deportivo Municipal, do Peru (4 x 0) e Emelec, do Equador (1 x 0), empatou com Colo Colo, do Chile (1 x 1) e River Plate, da Argentina (0 x 0). Foi o único invicto, conquistando o título do Heptagonal. O segundo lugar ficou como River Plate e sua poderosa linha de ataque conhecida como "La Máquina", formada por Jose Moreno, Alfredo Di Stéfano, Ángel Labruna e Felix Loustau. O time campeão atuava com Barbosa, Augusto e Ramón Rafagnelli; Ely, Danilo Alvim e Jorge; Djalma, Maneca, Ismael, Friaça e Chico. O técnico era Flávio Costa.
O Vasco foi Bi-campeão Carioca em 49-50. O time-base era formado por Barbosa, Augusto e Laerte; Ely, Danilo Alvim e Jorge; Tesourinha, Maneca, Ademir Menezes, Ipojucan e Chico. Em 1949 esta equipe também teve a Heleno de Freitas. Mantendo-se como a força a ser superada no Campeonato Carioca, o Vasco voltou a conquistar o título em 1952, com o mesmo time bi em 49-50. E no time de 1952 já despontavam dois jovens que fariam história com a Seleção Brasileira, o zagueiro Hilderaldo Bellini e o atacante Edvaldo Izídio, o Vavá.
O Vasco voltou a ter uma grande equipe com a geração que lhe deu o título de Campeão Carioca em 1956 e 1958, time que foi Campeão do Torneio Rio-São Paulo de 1958. O time era formado por Miguel, Paulinho de Almeida, Bellini, Orlando Peçanha e Coronel; Écio e Rubens; Sabará, Almir Pernambuquinho, Vavá e Pinga. O técnico era Gradim. Na montagem deste time, o Vasco conseguiu contratar o principal jogador do arqui-rival Flamengo, o meia Rubens, o "Doutor Rúbis". O time tinha o trio Campeão da Copa do Mundo de 1958: Bellini, Orlando e Vavá.
O Vasco passou então por um jejum de 11 anos sem título. Voltou a ser Campeão Carioca de 1970. A maior conquista, no entanto, foi como Campeão Brasileiro de 1974. A campanha engrenou na Segunda Fase, quando haviam quatro grupos de seis, cujos vencedores avançavam ao Quadrangular Final que definiria o campeão. O grupo cruzmaltino ainda tinha Corinthians, Atlético Mineiro, Vitória (da Bahia), Nacional (do Amazonas) e Operário de Campo Grande (do Mato Grosso do Sul). No quadrangular decisivo, os vascaínos venceram o Santos (2 x 1) e empataram com Cruzeiro (1 x 1) e Internacional (2 x 2). Vasco e Cruzeiro terminaram empatados e decidiram o título num jogo desempate no Maracanã. Ademir fez 1 x 0 para o Vasco. No segundo tempo, Nelinho empatou. Aos 33 minutos do 2º tempo, um gol do ponta-direita Jorginho Carvoeiro decidiu o campeonato: Vasco 2 x 1 Cruzeiro. O time campeão jogava com Andrada, Fidélis, Miguel, Joel Santana e Alfinete; Alcir Portela, Zanata e Ademir; Jorginho Carvoeiro, Roberto Dinamite e Luís Carlos. O técnico era Mário Travaglini.
O Vasco teve outra oportunidade de ser campeão nacional em 1979. O time cruzmaltino conseguiu a classificação para a semi-final, fase na qual eliminou o Coritiba (1 x 1 e 2 x 1). Avançou para fazer a final contra o Internacional. Acabou superado logo no primeiro jogo, em pleno Maracanã, por 2 x 0. Voltou a perder no Beira-Rio, em Porto Alegre (1 x 2) e ficou com o vice-campeonato. O time vascaíno: Emerson Leão, Orlando, Ivã, Gaúcho e Paulo César; Zé Mário, Paulo Roberto e Paulinho; Catinha, Roberto Dinamite e Wilson. O técnico era Otto Glória.
O Vasco tinha sido Campeão Carioca em 1977, e voltou a conquistar o título em 1982. Os Anos 1970 e 1980 marcaram o tempo do maior ídolo que passou pelo Estádio de São Januário: Roberto Dinamite. Ele surgiu no clube em 1971 e jogou com a camisa cruzmaltina até 1979, quando se transferiu para o Barcelona, da Espanha, onde jogou a temporada 1979-80. Sem ter o desempenho esperado no futebol europeu, retornou ao Vasco onde jogou de 1980 a 1989. Teve uma rápida saída e ainda voltou para uma terceira passagem, que durou de 1991 a 1993. No total foram 1.110 jogos com a camisa vascaína e 702 gols.
O time que realmente voltou a brilhar pelo Vasco foi o Bi-campeão Carioca em 1987-88. O time campeão em 1987 era formado por Acácio, Paulo Roberto, Donato, Fernando e Mazinho; Dunga, Geovani e Tita; Mauricinho, Roberto Dinamite e Romário. No ano seguinte, o bi com algumas pequenas mudanças: Zé do Carmo no lugar de Dunga na cabeça de área, e Henrique no lugar de Tita jogando como centroavante, com Roberto Dinamite fazendo o papel de meia. O técnico nas duas campanhas era Sebastião Lazaroni.
No ano seguinte à conquista do bi-campeonato Carioca, o Vasco foi Campeão Brasileiro de 1989. Romário havia migrado para a Europa. Roberto Dinamite havia trocado o Vasco pela Portuguesa de Desportos. O clube, no entanto, foi contratar o principal jogador do arqui-rival Flamengo, o atacante Bebeto. Contratou ainda o lateral-direito Luís Carlos Winck ao Internacional, o zagueiro Holger Quiñonez, da Seleção do Equador, e o meio-campista Marco Antônio Boiadeiro, ao Guarani, de Campinas. O time montado foi batizado de "SeleVasco". Na 2ª fase da competição venceu um octogonal que lhe garantiu ir à final, superando Cruzeiro, Palmeiras, Grêmio, Fluminense, Santos, Portuguesa de Desportos e Goiás. O adversário na final era o São Paulo, com o título sendo decidido em jogo único no Estádio do Morumbi, na capital paulista. Com um gol de Sorato, aos 5 minutos do 2º tempo, o Vasco conquistou seu segundo título nacional. O time campeão era formado por Acácio, Luís Carlos Winck, Quiñones, Marco Aurélio e Mazinho; Zé do Carmo, Boiadeiro, Willian e Bismarck; Bebeto e Sorato. O técnico era Nelsinho Rosa.
Mantendo a boa fase, o Vasco conseguiu ser Tri-campeão Carioca em 1992-93-94, conquistando sua primeira sequência de três campeonatos consecutivos. Com estas conquistas, entre 1987 e 1994, o Vasco venceu 5 títulos estaduais em 8 disputados, conquistando uma hegemonia no Rio de Janeiro que até então em sua história só o Expresso da Vitória havia conseguido. O time campeão em 92 jogava com Carlos Germano, Luís Carlos Winck, Jorge Luís, Alexandre Torres e Cássio; Leandro Ávila, Luisinho, Carlos Alberto Dias e Bismarck; Edmundo e Roberto Dinamite, com Joel Santana como técnico. Em 93, no bi, Winck, Edmundo e Roberto Dinamite haviam sido substituídos por Pimentel, Valdir e Mário Jardel. Já o time que faturou o tri em 94 tinha Carlos Germano, Pimentel, Ricardo Rocha, Alexandre Torres e Cássio; Leandro Ávila, Luisinho, França e Yan; Dener e Valdir, com Jardel no banco de reservas. O técnico então era Jair Pereira.
Em duas eleições do Time de Todos os Tempos feitas pela Revista Placar, uma em 1982 e outra em 1994, os "Onze dos Sonhos" do Vasco da Gama tiveram poucas mudanças, foram só três peças diferentes entre um time e outro. Os eleitos por torcedores vascaínos na eleição feita em 1982 eram Barbosa; Augusto, Bellini, Orlando Peçanha e Jorge; Danilo Alvim, Tesourinha e Ipojucan; Ademir Menezes, Roberto Dinamite e Chico. Na eleição de doze anos depois, os torcedores vascaínos elegeram Barbosa; Augusto, Ricardo Rocha, Orlando Peçanha e Jorge; Danilo Alvim, Ely e Ipojucan; Ademir Menezes, Roberto Dinamite e Romário.
O período de 1987 a 1994 foi o ensaio para a Segunda Era de Ouro Vascaína, que durou de 1997 a 2000. Neste período o Vasco foi Campeão Brasileiro em 1997 e 2000, foi Campeão da Libertadores da América em 1998, e foi Campeão da Copa Mercosul em 2000. Ainda foi vice-campeão da Copa Intercontinental em 1998 e vice-campeão do Mundial de Clubes em 2000.
No Brasileiro de 1997, o Vasco fez a melhor campanha da 1ª fase. No quadrangular que definia um dos finalistas, superou Flamengo, Portuguesa de Desportos e Juventude, do Rio Grande do Sul. Avançou à final com a vantagem de dois empates, já que tinha a melhor campanha acumulada. Enfrentou o Palmeiras, empatando duas vezes em 0 x 0 e assim se sagrando campeão nacional. O time campeão jogava com Carlos Germano, Válber, Odvan, Mauro Galvão e Felipe; Luisinho, Nasa, Juninho Pernambucano e Ramon; Edmundo e Evair. O técnico era Antônio Lopes.
Na Libertadores de 98, o Vasco da Gama superou ao Cruzeiro nas oitavas de final (2 x 1 e 0 x 0), ao Grêmio nas quartas de final (1 x 1 e 1 x 0), e fez uma espécie de final antecipada contra o River Plate, da Argentina, na semi-final. No primeiro jogo, no Estádio de São Januário, no Rio de Janeiro, o atacante Donizete fez 1 x 0 logo no começo do jogo, placar definitivo daquela noite. No segundo jogo, em Buenos Aires, o River fez 1 x 0. Porém um gol de falta salvador de Juninho Pernambucano, aos 37 minutos do segundo tempo, garantiu o Vasco na final contra o Barcelona de Guaiaquil, do Equador. O primeiro jogo foi em São Januário, com vitória vascaína por 2 x 0, gols de Donizete e Luizão. O título foi sacramentado no Equador. Luizão e Donizete marcam de novo, o adversário descontou e o jogo terminou 2 x 1. Vasco Campeão Sul-Americano! O time campeão jogava com Carlos Germano, Vágner, Odvan, Mauro Galvão e Felipe; Luisinho, Nasa, Juninho Pernambucano e Pedrinho; Donizete e Luizão. O técnico era Antônio Lopes. No fim do ano, em Tóquio, o Vasco perdeu por 2 x 1 para o Real Madrid na final Intercontinental.
Uma nova oportunidade de ser campeão mundial surgiu em 2000, com o convite para jogar o Mundial de Clubes no Brasil. Na 1ª fase, o Vasco superou South Melbourne, da Austrália (2 x 0), Manchester United, da Inglaterra (3 x 1) e Necaxa, do México (2 x 1). Classificou-se para fazer a final contra o Corinthians em pleno Maracanã, no Rio de Janeiro. O jogo terminou 0 x 0 e a decisão foi para a disputa por pênaltis. Porém, Edmundo perdeu a última cobrança e o Corinthians venceu por 4 x 3. Tristeza vascaína.
Para compensar, dois títulos históricos naquele ano. O clube volta a ser Campeão Brasileiro em 2000. Nos play-offs finais, o Vasco supera ao Bahia nas oitavas (3 x 3 e 3 x 2), ao Paraná Clube nas quartas (3 x 1 e 0 x 1) e ao Cruzeiro na semi-final (2 x 2 e 3 x 1). Avança para fazer a final contra o São Caetano, de São Paulo. Empata o primeiro jogo em 1 x 1 e vence o segundo por 3 x 1, conquistando seu quarto título nacional. O time titular que conquistou este campeonato era formado por Hélton, Clébson, Odvan, Júnior Baiano e Jorginho Paulista; Jorginho, Nasa, Juninho Pernambucano e Juninho Paulista; Euler e Romário. O técnico era Oswaldo de Oliveira, que para a final, após um desentendimento com o presidente Eurico Miranda, foi substituído por Joel Santana.
Outra conquista histórica foi a de Campeão da Copa Mercosul de 2000, torneio antecessor à Copa Sul-Americana. O time cruzmaltino avançou na primeira fase num grupo com Atlético Mineiro, San Lorenzo, da Argentina, e Peñarol, do Uruguai. Nas quartas de final, passou pelo Rosario Central, da Argentina (1 x 0 e 0 x 1, vencendo por 5 x 4 nos pênaltis). Na semi-final superou o River Plate, com uma implacável goleada por 4 x 1 dentro de Buenos Aires, e uma vitória por 1 x 0 no Rio. Pegou o Palmeiras na final. Venceu o 1º jogo por 2 x 0 em São Januário. O Palmeiras venceu o 2º jogo por 1 x 0 em São Paulo, e a decisão foi para um terceiro jogo também na capital paulista. Foi um jogo antológico. O 1º tempo terminou Palmeiras 3 x 0 Vasco, gols de Arce, Magrão e Tuta. Fatura decidida? Não! Romário diminuiu aos 14 e depois aos 23 minutos do 2º tempo. Aos 41 minutos, Juninho Paulista empatou. 3 x 3 fantástico! Pênaltis? Não! Aos 48 minutos do 2º tempo, a bola sobrou para Romário e ele aproveitou: Vasco 4 x 3 Palmeiras. Virada histórica! Espetacular! O time vascaíno naquela noite foi: Hélton, Clébson, Odvan, Júnior Baiano e Jorginho Paulista; Jorginho (Paulo Miranda), Nasa (Viola), Juninho Pernambucano e Juninho Paulista; Euller (Mauro Galvão) e Romário, com Joel Santana como treinador.
Em 2006, a Revista Placar voltou a organizar a eleição do Time dos Sonhos. Os eleitos variaram bem em relação aos escolhidos doze anos antes, foram eles: Barbosa; Augusto, Bellini, Ely e Mazinho; Danilo Alvim e Juninho Pernambucano; Edmundo, Ademir Menezes, Roberto Dinamite e Romário. O técnico eleito foi Flávio Costa.
Em 2010, a Editora Maquinária convidou vascaínos ilustres para eleger os Dez Mais de Todos os Tempos, os escolhidos foram: Barbosa, Danilo Alvim, Ademir Menezes, Bellini, Orlando Peçanha, Vavá, Roberto Dinamite, Romário, Edmundo e Juninho Pernambucano.
Após a Segunda Era de Ouro, o Vasco entrou na fase mais difícil de sua história. Ainda foi Campeão Carioca de 2003, num time no qual se destacavam Marcelinho Carioca e o sérvio Dejan Petkovic. Depois enfrentou um jejum de 11 anos sem títulos, similar ao que viveu de 1959 a 1969. Mas veio o pior. Em 2008 o clube foi rebaixado à Segunda Divisão do Campeonato Brasileiro. Mas foi campeão da Série B em 2009 e voltou à elite.
Ameaçou um reerguimento quando foi Campeão da Copa do Brasil de 2011 e vice-campeão brasileiro no mesmo ano. O time vascaíno era formado por Fernando Prass, Fágner, Renato Silva, Dedé e Jumar; Rômulo, Juninho Pernambucano, Diego Souza e Felipe; Éder Luís e Alecsandro. O técnico era Cristóvão Borges, que substitui a Ricardo Gomes, que deixou o time no meio do campeonato quando sofreu um acidente vascular cerebral (AVC) durante um Vasco x Flamengo no Maracanã. Na campanha na Copa do Brasil, o time da Cruz de Malta eliminou ao Comercial, do Mato Grosso do Sul (6 x 1, sem necessidade de jogo de volta), ABC, do Rio Grande do Norte (0 x 0 e 2 x 1), Náutico, de Pernambuco (3 x 0 e 0 x 0), Atlético Paranaense (2 x 2 e 1 x 1, avançando por ter feito mais gols na casa do adversário) e Avaí, de Santa Catarina (1 x 1 e 2 x 0). Foi para a final contra o Coritiba. Venceu o primeiro jogo, em São Januário, gol de Alecsandro. No Estádio Couto Pereira, em Curitiba, saiu na frente com Alecsandro, mas viu o Coritiba virar antes do fim do 1º tempo. Logo no início do 2º tempo, porém, Éder Luís reempatou. Agora, pelo critério de gols marcados na casa do adversário, o Coritiba precisava de dois gols de vantagem para ser campeão. Conseguiu um, aos 21 minutos da etapa final. O Vasco conseguiu segurar a pressão nos 25 minutos finais e saiu campeão. Já no Campeonato Brasileiro, o time fez excepcional campanha, terminou com 69 pontos, bem próximo aos 71 pontos do campeão Corinthians.
Porém, em 2013 foi mais uma vez rebaixado à Segunda Divisão do Campeonato Brasileiro, a segunda em cinco anos. Voltou no ano seguinte à elite, mas com mais dificuldade do que o esperado. Quatro equipes subiam na Série B, e em 2014 o Vasco foi tão só o 3º colocado. No ano seguinte, no entanto, conseguiu terminar com o jejum estadual, acabou se sagrando Bi-campeão Carioca em 2015 e 2016. Mas em 2015 foi mais uma vez rebaixado à Segunda Divisão no Brasileiro. Em profunda crise econômica, sofreu a terceira queda à Série B num intervalo de apenas oito anos.
O Club de Regatas Vasco da Gama foi fundado em 1898 como um clube de remo. Os fundadores do clube eram da colônia de portugueses residentes no Rio de Janeiro. O Vasco criou seu Departamento de Futebol só em 1916, porém, só chegou à Primeira Divisão do futebol carioca em 1923, após se sagrar Campeão Carioca da 2ª Divisão em 1922. A Cruz de Malta, símbolo das conquistas marítimas de Portugal, chegava à elite para começar a construir a história do futebol cruzmaltino.
Logo nos seus dois primeiros anos na elite do futebol do Rio de Janeiro, o Vasco foi Bi-campeão Carioca em 1923-24, impulsionado pelo forte aporte de recursos dos comerciantes portugueses da cidade. O time bi-campeão era comandado pelo técnico uruguaio Ramón Platero, que já havia dado ao Fluminense o título carioca de 1919. O clube voltou a conquistar o título de Campeão Carioca em 1929, 1934 e 1936.
O status diferenciado de grandeza no cenário futebolístico da cidade foi definitivamente conquistado na Primeira Era de Ouro Vascaína, de 1945 a 1952, com a equipe que ficou sendo chamada de "Expresso da Vitória". Neste período, o Vasco foi Campeão Carioca em 1945, 1947, 1949, 1950 e 1952, conquistando, portanto, cinco títulos em oito edições do Estadual do Rio de Janeiro, reinando no futebol da cidade. A maior glória, entretanto, foi a de ter sido Campeão Sul-Americano de Clubes Campeões em 1948. Esta equipe era a base da Seleção Brasileira que foi vice-campeã na Copa do Mundo de 1950.
A geração do Expresso começou com o trabalho do técnico uruguaio Ondino Vieira. O time campeão de 45 jogava com Rodrigues, Augusto e Ramón Rafagnelli; Ely, Sebastián Berascochea e Argemiro; Djalma, Lelé, Isaías, Jair da Rosa Pinto e Chico. No banco já estava o jovem Ademir Menezes. E o técnico uruguaio tinha dois jogadores estrangeiros, o zagueiro argentino Rafagnelli e o volante uruguaio Berascochea. Dois anos depois, os campeões de 1947 já eram treinados por Flávio Costa. Mas a base da equipe era a mesma. Os titulares nesta campanha foram: Barbosa, Augusto e Ramón Rafagnelli; Ely, Danilo Alvim e Jorge; Djalma, Maneca, Isaías, Friaça e Chico.
A maior conquista veio em 1948, com o torneio sul-americano conquistado no Estádio Nacional de Santiago, no Chile. O Vasco venceu a Litoral, da Bolívia (2 x 1), Nacional de Montevidéu, do Uruguai (4 x 1), Deportivo Municipal, do Peru (4 x 0) e Emelec, do Equador (1 x 0), empatou com Colo Colo, do Chile (1 x 1) e River Plate, da Argentina (0 x 0). Foi o único invicto, conquistando o título do Heptagonal. O segundo lugar ficou como River Plate e sua poderosa linha de ataque conhecida como "La Máquina", formada por Jose Moreno, Alfredo Di Stéfano, Ángel Labruna e Felix Loustau. O time campeão atuava com Barbosa, Augusto e Ramón Rafagnelli; Ely, Danilo Alvim e Jorge; Djalma, Maneca, Ismael, Friaça e Chico. O técnico era Flávio Costa.
Vasco Campeão Sul-Americano de 1948
O Vasco foi Bi-campeão Carioca em 49-50. O time-base era formado por Barbosa, Augusto e Laerte; Ely, Danilo Alvim e Jorge; Tesourinha, Maneca, Ademir Menezes, Ipojucan e Chico. Em 1949 esta equipe também teve a Heleno de Freitas. Mantendo-se como a força a ser superada no Campeonato Carioca, o Vasco voltou a conquistar o título em 1952, com o mesmo time bi em 49-50. E no time de 1952 já despontavam dois jovens que fariam história com a Seleção Brasileira, o zagueiro Hilderaldo Bellini e o atacante Edvaldo Izídio, o Vavá.
O Vasco voltou a ter uma grande equipe com a geração que lhe deu o título de Campeão Carioca em 1956 e 1958, time que foi Campeão do Torneio Rio-São Paulo de 1958. O time era formado por Miguel, Paulinho de Almeida, Bellini, Orlando Peçanha e Coronel; Écio e Rubens; Sabará, Almir Pernambuquinho, Vavá e Pinga. O técnico era Gradim. Na montagem deste time, o Vasco conseguiu contratar o principal jogador do arqui-rival Flamengo, o meia Rubens, o "Doutor Rúbis". O time tinha o trio Campeão da Copa do Mundo de 1958: Bellini, Orlando e Vavá.
Vasco Campeão do Rio-São Paulo de 1958
O Vasco passou então por um jejum de 11 anos sem título. Voltou a ser Campeão Carioca de 1970. A maior conquista, no entanto, foi como Campeão Brasileiro de 1974. A campanha engrenou na Segunda Fase, quando haviam quatro grupos de seis, cujos vencedores avançavam ao Quadrangular Final que definiria o campeão. O grupo cruzmaltino ainda tinha Corinthians, Atlético Mineiro, Vitória (da Bahia), Nacional (do Amazonas) e Operário de Campo Grande (do Mato Grosso do Sul). No quadrangular decisivo, os vascaínos venceram o Santos (2 x 1) e empataram com Cruzeiro (1 x 1) e Internacional (2 x 2). Vasco e Cruzeiro terminaram empatados e decidiram o título num jogo desempate no Maracanã. Ademir fez 1 x 0 para o Vasco. No segundo tempo, Nelinho empatou. Aos 33 minutos do 2º tempo, um gol do ponta-direita Jorginho Carvoeiro decidiu o campeonato: Vasco 2 x 1 Cruzeiro. O time campeão jogava com Andrada, Fidélis, Miguel, Joel Santana e Alfinete; Alcir Portela, Zanata e Ademir; Jorginho Carvoeiro, Roberto Dinamite e Luís Carlos. O técnico era Mário Travaglini.
Vasco Campeão Brasileiro de 1974
O Vasco teve outra oportunidade de ser campeão nacional em 1979. O time cruzmaltino conseguiu a classificação para a semi-final, fase na qual eliminou o Coritiba (1 x 1 e 2 x 1). Avançou para fazer a final contra o Internacional. Acabou superado logo no primeiro jogo, em pleno Maracanã, por 2 x 0. Voltou a perder no Beira-Rio, em Porto Alegre (1 x 2) e ficou com o vice-campeonato. O time vascaíno: Emerson Leão, Orlando, Ivã, Gaúcho e Paulo César; Zé Mário, Paulo Roberto e Paulinho; Catinha, Roberto Dinamite e Wilson. O técnico era Otto Glória.
O Vasco tinha sido Campeão Carioca em 1977, e voltou a conquistar o título em 1982. Os Anos 1970 e 1980 marcaram o tempo do maior ídolo que passou pelo Estádio de São Januário: Roberto Dinamite. Ele surgiu no clube em 1971 e jogou com a camisa cruzmaltina até 1979, quando se transferiu para o Barcelona, da Espanha, onde jogou a temporada 1979-80. Sem ter o desempenho esperado no futebol europeu, retornou ao Vasco onde jogou de 1980 a 1989. Teve uma rápida saída e ainda voltou para uma terceira passagem, que durou de 1991 a 1993. No total foram 1.110 jogos com a camisa vascaína e 702 gols.
Roberto Dinamite
O time que realmente voltou a brilhar pelo Vasco foi o Bi-campeão Carioca em 1987-88. O time campeão em 1987 era formado por Acácio, Paulo Roberto, Donato, Fernando e Mazinho; Dunga, Geovani e Tita; Mauricinho, Roberto Dinamite e Romário. No ano seguinte, o bi com algumas pequenas mudanças: Zé do Carmo no lugar de Dunga na cabeça de área, e Henrique no lugar de Tita jogando como centroavante, com Roberto Dinamite fazendo o papel de meia. O técnico nas duas campanhas era Sebastião Lazaroni.
No ano seguinte à conquista do bi-campeonato Carioca, o Vasco foi Campeão Brasileiro de 1989. Romário havia migrado para a Europa. Roberto Dinamite havia trocado o Vasco pela Portuguesa de Desportos. O clube, no entanto, foi contratar o principal jogador do arqui-rival Flamengo, o atacante Bebeto. Contratou ainda o lateral-direito Luís Carlos Winck ao Internacional, o zagueiro Holger Quiñonez, da Seleção do Equador, e o meio-campista Marco Antônio Boiadeiro, ao Guarani, de Campinas. O time montado foi batizado de "SeleVasco". Na 2ª fase da competição venceu um octogonal que lhe garantiu ir à final, superando Cruzeiro, Palmeiras, Grêmio, Fluminense, Santos, Portuguesa de Desportos e Goiás. O adversário na final era o São Paulo, com o título sendo decidido em jogo único no Estádio do Morumbi, na capital paulista. Com um gol de Sorato, aos 5 minutos do 2º tempo, o Vasco conquistou seu segundo título nacional. O time campeão era formado por Acácio, Luís Carlos Winck, Quiñones, Marco Aurélio e Mazinho; Zé do Carmo, Boiadeiro, Willian e Bismarck; Bebeto e Sorato. O técnico era Nelsinho Rosa.
Vasco Campeão Brasileiro de 1989
Mantendo a boa fase, o Vasco conseguiu ser Tri-campeão Carioca em 1992-93-94, conquistando sua primeira sequência de três campeonatos consecutivos. Com estas conquistas, entre 1987 e 1994, o Vasco venceu 5 títulos estaduais em 8 disputados, conquistando uma hegemonia no Rio de Janeiro que até então em sua história só o Expresso da Vitória havia conseguido. O time campeão em 92 jogava com Carlos Germano, Luís Carlos Winck, Jorge Luís, Alexandre Torres e Cássio; Leandro Ávila, Luisinho, Carlos Alberto Dias e Bismarck; Edmundo e Roberto Dinamite, com Joel Santana como técnico. Em 93, no bi, Winck, Edmundo e Roberto Dinamite haviam sido substituídos por Pimentel, Valdir e Mário Jardel. Já o time que faturou o tri em 94 tinha Carlos Germano, Pimentel, Ricardo Rocha, Alexandre Torres e Cássio; Leandro Ávila, Luisinho, França e Yan; Dener e Valdir, com Jardel no banco de reservas. O técnico então era Jair Pereira.
Em duas eleições do Time de Todos os Tempos feitas pela Revista Placar, uma em 1982 e outra em 1994, os "Onze dos Sonhos" do Vasco da Gama tiveram poucas mudanças, foram só três peças diferentes entre um time e outro. Os eleitos por torcedores vascaínos na eleição feita em 1982 eram Barbosa; Augusto, Bellini, Orlando Peçanha e Jorge; Danilo Alvim, Tesourinha e Ipojucan; Ademir Menezes, Roberto Dinamite e Chico. Na eleição de doze anos depois, os torcedores vascaínos elegeram Barbosa; Augusto, Ricardo Rocha, Orlando Peçanha e Jorge; Danilo Alvim, Ely e Ipojucan; Ademir Menezes, Roberto Dinamite e Romário.
Ilustração do Vasco dos Sonhos escolhido em 1994
O período de 1987 a 1994 foi o ensaio para a Segunda Era de Ouro Vascaína, que durou de 1997 a 2000. Neste período o Vasco foi Campeão Brasileiro em 1997 e 2000, foi Campeão da Libertadores da América em 1998, e foi Campeão da Copa Mercosul em 2000. Ainda foi vice-campeão da Copa Intercontinental em 1998 e vice-campeão do Mundial de Clubes em 2000.
No Brasileiro de 1997, o Vasco fez a melhor campanha da 1ª fase. No quadrangular que definia um dos finalistas, superou Flamengo, Portuguesa de Desportos e Juventude, do Rio Grande do Sul. Avançou à final com a vantagem de dois empates, já que tinha a melhor campanha acumulada. Enfrentou o Palmeiras, empatando duas vezes em 0 x 0 e assim se sagrando campeão nacional. O time campeão jogava com Carlos Germano, Válber, Odvan, Mauro Galvão e Felipe; Luisinho, Nasa, Juninho Pernambucano e Ramon; Edmundo e Evair. O técnico era Antônio Lopes.
Na Libertadores de 98, o Vasco da Gama superou ao Cruzeiro nas oitavas de final (2 x 1 e 0 x 0), ao Grêmio nas quartas de final (1 x 1 e 1 x 0), e fez uma espécie de final antecipada contra o River Plate, da Argentina, na semi-final. No primeiro jogo, no Estádio de São Januário, no Rio de Janeiro, o atacante Donizete fez 1 x 0 logo no começo do jogo, placar definitivo daquela noite. No segundo jogo, em Buenos Aires, o River fez 1 x 0. Porém um gol de falta salvador de Juninho Pernambucano, aos 37 minutos do segundo tempo, garantiu o Vasco na final contra o Barcelona de Guaiaquil, do Equador. O primeiro jogo foi em São Januário, com vitória vascaína por 2 x 0, gols de Donizete e Luizão. O título foi sacramentado no Equador. Luizão e Donizete marcam de novo, o adversário descontou e o jogo terminou 2 x 1. Vasco Campeão Sul-Americano! O time campeão jogava com Carlos Germano, Vágner, Odvan, Mauro Galvão e Felipe; Luisinho, Nasa, Juninho Pernambucano e Pedrinho; Donizete e Luizão. O técnico era Antônio Lopes. No fim do ano, em Tóquio, o Vasco perdeu por 2 x 1 para o Real Madrid na final Intercontinental.
Vasco Campeão da Libertadores de 1998
Uma nova oportunidade de ser campeão mundial surgiu em 2000, com o convite para jogar o Mundial de Clubes no Brasil. Na 1ª fase, o Vasco superou South Melbourne, da Austrália (2 x 0), Manchester United, da Inglaterra (3 x 1) e Necaxa, do México (2 x 1). Classificou-se para fazer a final contra o Corinthians em pleno Maracanã, no Rio de Janeiro. O jogo terminou 0 x 0 e a decisão foi para a disputa por pênaltis. Porém, Edmundo perdeu a última cobrança e o Corinthians venceu por 4 x 3. Tristeza vascaína.
Edmundo e Romário
Para compensar, dois títulos históricos naquele ano. O clube volta a ser Campeão Brasileiro em 2000. Nos play-offs finais, o Vasco supera ao Bahia nas oitavas (3 x 3 e 3 x 2), ao Paraná Clube nas quartas (3 x 1 e 0 x 1) e ao Cruzeiro na semi-final (2 x 2 e 3 x 1). Avança para fazer a final contra o São Caetano, de São Paulo. Empata o primeiro jogo em 1 x 1 e vence o segundo por 3 x 1, conquistando seu quarto título nacional. O time titular que conquistou este campeonato era formado por Hélton, Clébson, Odvan, Júnior Baiano e Jorginho Paulista; Jorginho, Nasa, Juninho Pernambucano e Juninho Paulista; Euler e Romário. O técnico era Oswaldo de Oliveira, que para a final, após um desentendimento com o presidente Eurico Miranda, foi substituído por Joel Santana.
Outra conquista histórica foi a de Campeão da Copa Mercosul de 2000, torneio antecessor à Copa Sul-Americana. O time cruzmaltino avançou na primeira fase num grupo com Atlético Mineiro, San Lorenzo, da Argentina, e Peñarol, do Uruguai. Nas quartas de final, passou pelo Rosario Central, da Argentina (1 x 0 e 0 x 1, vencendo por 5 x 4 nos pênaltis). Na semi-final superou o River Plate, com uma implacável goleada por 4 x 1 dentro de Buenos Aires, e uma vitória por 1 x 0 no Rio. Pegou o Palmeiras na final. Venceu o 1º jogo por 2 x 0 em São Januário. O Palmeiras venceu o 2º jogo por 1 x 0 em São Paulo, e a decisão foi para um terceiro jogo também na capital paulista. Foi um jogo antológico. O 1º tempo terminou Palmeiras 3 x 0 Vasco, gols de Arce, Magrão e Tuta. Fatura decidida? Não! Romário diminuiu aos 14 e depois aos 23 minutos do 2º tempo. Aos 41 minutos, Juninho Paulista empatou. 3 x 3 fantástico! Pênaltis? Não! Aos 48 minutos do 2º tempo, a bola sobrou para Romário e ele aproveitou: Vasco 4 x 3 Palmeiras. Virada histórica! Espetacular! O time vascaíno naquela noite foi: Hélton, Clébson, Odvan, Júnior Baiano e Jorginho Paulista; Jorginho (Paulo Miranda), Nasa (Viola), Juninho Pernambucano e Juninho Paulista; Euller (Mauro Galvão) e Romário, com Joel Santana como treinador.
Em 2006, a Revista Placar voltou a organizar a eleição do Time dos Sonhos. Os eleitos variaram bem em relação aos escolhidos doze anos antes, foram eles: Barbosa; Augusto, Bellini, Ely e Mazinho; Danilo Alvim e Juninho Pernambucano; Edmundo, Ademir Menezes, Roberto Dinamite e Romário. O técnico eleito foi Flávio Costa.
Ilustração do Vasco dos Sonhos escolhido em 2006
Em 2010, a Editora Maquinária convidou vascaínos ilustres para eleger os Dez Mais de Todos os Tempos, os escolhidos foram: Barbosa, Danilo Alvim, Ademir Menezes, Bellini, Orlando Peçanha, Vavá, Roberto Dinamite, Romário, Edmundo e Juninho Pernambucano.
Após a Segunda Era de Ouro, o Vasco entrou na fase mais difícil de sua história. Ainda foi Campeão Carioca de 2003, num time no qual se destacavam Marcelinho Carioca e o sérvio Dejan Petkovic. Depois enfrentou um jejum de 11 anos sem títulos, similar ao que viveu de 1959 a 1969. Mas veio o pior. Em 2008 o clube foi rebaixado à Segunda Divisão do Campeonato Brasileiro. Mas foi campeão da Série B em 2009 e voltou à elite.
Ameaçou um reerguimento quando foi Campeão da Copa do Brasil de 2011 e vice-campeão brasileiro no mesmo ano. O time vascaíno era formado por Fernando Prass, Fágner, Renato Silva, Dedé e Jumar; Rômulo, Juninho Pernambucano, Diego Souza e Felipe; Éder Luís e Alecsandro. O técnico era Cristóvão Borges, que substitui a Ricardo Gomes, que deixou o time no meio do campeonato quando sofreu um acidente vascular cerebral (AVC) durante um Vasco x Flamengo no Maracanã. Na campanha na Copa do Brasil, o time da Cruz de Malta eliminou ao Comercial, do Mato Grosso do Sul (6 x 1, sem necessidade de jogo de volta), ABC, do Rio Grande do Norte (0 x 0 e 2 x 1), Náutico, de Pernambuco (3 x 0 e 0 x 0), Atlético Paranaense (2 x 2 e 1 x 1, avançando por ter feito mais gols na casa do adversário) e Avaí, de Santa Catarina (1 x 1 e 2 x 0). Foi para a final contra o Coritiba. Venceu o primeiro jogo, em São Januário, gol de Alecsandro. No Estádio Couto Pereira, em Curitiba, saiu na frente com Alecsandro, mas viu o Coritiba virar antes do fim do 1º tempo. Logo no início do 2º tempo, porém, Éder Luís reempatou. Agora, pelo critério de gols marcados na casa do adversário, o Coritiba precisava de dois gols de vantagem para ser campeão. Conseguiu um, aos 21 minutos da etapa final. O Vasco conseguiu segurar a pressão nos 25 minutos finais e saiu campeão. Já no Campeonato Brasileiro, o time fez excepcional campanha, terminou com 69 pontos, bem próximo aos 71 pontos do campeão Corinthians.
Porém, em 2013 foi mais uma vez rebaixado à Segunda Divisão do Campeonato Brasileiro, a segunda em cinco anos. Voltou no ano seguinte à elite, mas com mais dificuldade do que o esperado. Quatro equipes subiam na Série B, e em 2014 o Vasco foi tão só o 3º colocado. No ano seguinte, no entanto, conseguiu terminar com o jejum estadual, acabou se sagrando Bi-campeão Carioca em 2015 e 2016. Mas em 2015 foi mais uma vez rebaixado à Segunda Divisão no Brasileiro. Em profunda crise econômica, sofreu a terceira queda à Série B num intervalo de apenas oito anos.
Série Os 12 Grandes do Futebol Brasileiro
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