Para quem tinha a pretensão de
ser campeão do mundo, os resultados obtidos em 2011 deixavam a desejar. Ao
mesmo tempo, porém, uma nova safra de jovens chegava para alimentar esperanças.
Pela quinta vez na história, o Brasil sagrou-se campeão do Mundial Sub-20. Os
titulares na campanha, que tiveram a Ney Franco como treinador, foram: Gabriel
(Cruzeiro), Danilo (Santos), Bruno Uvini (São Paulo), Juan Jesus
(Internacional) e Gabriel Silva (Palmeiras), Fernando (Grêmio), Casemiro (São
Paulo), Oscar (Internacional) e Philippe Coutinho (Internazionale, Itália),
Willian José (São Paulo) e Henrique (São Paulo).
Para 2012, o principal desafio
era a luta pelo aguardado ouro olímpico. Inicialmente a seleção seria comandada
por Ney Franco, que acabara de conquistar o Mundial Sub-20, mas os planos
acabaram mudando e foi Mano Menezes mesmo quem dirigiu a equipe.
No primeiro semestre,
aproveitando para mesclar o time principal a jogadores em idade olímpica, uma
série de cinco amistosos. O Brasil venceu a Bósnia, Dinamarca e Estados Unidos,
e perdeu para México e Argentina. O time continuava sem encontrar seu melhor
futebol.
Nas Olimpíadas, Mano escalou seu
time com: Gabriel (Milan, Itália), Rafael (Manchester United, Inglaterra),
Thiago Silva (Milan, Itália), Juan Jesus (Internzionale, Itália) e Marcelo
(Real Madrid, Espanha), Sandro (Tottenham, Inglaterra), Rômulo (Vasco) e Oscar
(Internacional), Hulk (Porto, Portugal), Leandro Damião (Internacional) e
Neymar (Santos). Interessante notar que dois jogadores que participaram tanto
do Mundial Sub-20 quanto das Olimpíadas, o goleiro Gabriel e o zagueiro Juan,
já vestiam a camisa de clubes europeus após a conquista do torneio de base.
No torneio olímpico, em Londres,
o Brasil não teve dificuldades na primeira fase, venceu o Egito por 3 x 2, a
Bielo-Rússia por 3 x 1 e a Nova Zelândia por 3 x 0. Nas quartas de final,
venceu Honduras por 3 x 2 e na semi-final venceu a Coréia do Sul por 3 x 0.
Foram três gols por jogo nos cinco duelos. Na final, o adversário era o México,
algoz da Seleção Brasileira nos anos anteriores. O time canarinho era favorito,
mas ninguém deixou isto claro para os mexicanos. Oribe Peralta fez dois gols,
Hulk descontou, e o sonho olímpico brasileiro mais uma vez naufragou: México 2
x 1 Brasil.
Quinta medalha do futebol
masculino do Brasil na história olímpica, terceira de prata, além de dois
bronzes. O tão sonhado ouro estava adiado para as Olimpíadas do Rio de Janeiro,
em 2016. O time de Mano Menezes continuava não dando razões para otimismo com
relação ao desempenho na Copa de 2014.
O treinador continuava sob fogo
cruzado, recebendo pesadas críticas. No entanto, no segundo semestre de 2012, o
time enfim começou a melhorar o futebol apresentado. Numa seqüência de
amistosos, venceu a Suécia por 3 x 0 e a África do Sul por 1 x 0. Conseguiu
então uma série de três goleadas: 8 x 0 na China, 6 x 0 no Iraque e 4 x 0 no
Japão. Seguiu-se um empate com a Colômbia (1 x 1) e a conquista da segunda
edição do Superclássico das Américas, depois de uma vitória por 2 x 1 em
Goiânia, uma derrota pelo mesmo placar em Buenos Aires, com vitória nos
pênaltis.
Os titulares de Mano Menezes em
2012: Diego Alves (Valência, Espanha), Daniel Alves (Barcelona, Espanha),
Thiago Silva (Milan, Itália), David Luiz (Chelsea, Inglaterra) e Marcelo (Real
Madrid, Espanha), Sandro (Tottenham, Inglaterra), Ramires (Chelsea, Inglaterra)
e Oscar (Internacional), Hulk (Porto), Leandro Damião (Internacional) e Neymar
(Santos).
Foi então que uma reviravolta
política mudou o rumo da Seleção Brasileira. Envolvido num escândalo de compra
de votos dentro da FIFA, Ricardo Teixeira, presidente da CBF, renunciou a seu
mandato, o mais longo da história da entidade, a qual presidiu de 1989 a 2012.
Seu substituto, José Maria Marin, subitamente decidiu mudar o treinador, para
afastar a marca da gestão anterior.
A inquietação em torno do risco
de perder uma Copa do Mundo jogando no Brasil era enorme. Para acalmar,
decidiu-se colocar o comando técnico da seleção numa co-gestão entre os dois
últimos treinadores brasileiros que tinham conquistado o Mundial: Luiz Felipe
Scolari foi escolhido como novo treinador, com Carlos Alberto Parreira como seu
assistente-técnico.
O trabalho dos dois a frente da
Seleção Brasileira começou difícil. Faltavam seis meses para a Copa das
Confederações, evento-teste para a Copa do Mundo, e primeiro contato da seleção
com a torcida em estádios brasileiros em uma competição oficial.
Os primeiros resultados da dupla
de treinadores campeões mundiais não foram positivos. Numa seqüência de
amistosos no primeiro semestre de 2013, o Brasil perdeu por 2 x 1 para a
Inglaterra no Estádio de Wembley, e depois empatou com Itália (2 x 2), Rússia
(1 x 1), Chile (2 x 2) e Inglaterra (2 x 2), este último, desta vez tendo jogado no
Maracanã. No último amistoso antes da estréia, no entanto, uma vitória
convincente: 3 x 0 sobre a França, em Porto Alegre, na Arena do Grêmio. O povo
brasileiro, entretanto, continuava pessimista e descrente.
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