O substituto de Luxemburgo no
cargo de treinador foi Emerson Leão, então técnico do Sport Recife. Com ele, o
time venceu a Colômbia por 1 x 0, no Morumbi, em São Paulo, perdeu para o
Equador por 1 x 0, em Quito, e empatou em 1 x 1 com o Peru no Morumbi.
Sem resultados convincentes, o
treinador tinha pela frente a Copa das Confederações, para a qual não poderia
contar com Cafu, Roberto Carlos, Emerson, Ronaldinho Gaúcho e Rivaldo. E a
Seleção Brasileira ainda vivia sem Ronaldo, que ainda estava envolvido na
recuperação de uma seqüência de graves lesões no joelho, num estado físico no
qual eram muitos os que achavam que ele não conseguiria mais se recuperar e
voltar a jogar futebol.
O time titular de Leão jogou com:
Dida (Milan, Itália), Zé Maria (Perugia, Itália), Lúcio (Bayer Leverkusen,
Alemanha), Edmílson (Lyon, França) e Léo (Santos), Leomar (Sport), Vampeta
(Paris St-Germain, França), Carlos Miguel (São Paulo) e Ramón (Fluminense),
Washington (Ponte Preta) e Romário (Vasco).
A participação brasileira foi
lastimável. Venceu na estréia, 2 x 0 sobre Camarões, mas depois empatou sem
gols com Canadá e Japão. Avançou em segundo, atrás dos japoneses, e pegou a
França na semi-final. Japão e Austrália fizeram a outra semi. Os franceses não
contavam com Zidane, mas muitos dos demais jogadores estavam em campo na final
da Copa de 98. A França venceu por 2 x 1, gols de Pires e Desailly. O Brasil
ainda conseguiu perder a decisão de terceiro lugar para a Austrália por 1 x
0.
Emerson Leão não sobreviveu no
cargo às conseqüências de resultados tão ultrajantes, foi demitido. Mas a
trilogia de fiascos ainda reservava um último capítulo, a diferença é o que o
último desta série de fiascos não custou a cabeça do treinador.
O substituto no cargo de
treinador da Seleção Brasileira foi o gaúcho Luiz Felipe Scolari, que havia
conquistado bons resultados com Grêmio, Palmeiras e Cruzeiro.
Mas a primeira opção de Felipão
não era de boas lembranças para os brasileiros. Apesar do fiasco da “Seleção
Brasileira Europeizada” na Copa de 90, única oportunidade até então na qual o
Brasil jogou com um sistema tático com três zagueiros, o novo treinador resolveu
trazer de volta este padrão de jogo.
Ele fez sua estréia com derrota,
perdeu por 1 x 0 para o Uruguai em Montevidéu. Era a quarta derrota brasileira
naquela Eliminatória, antes o Brasil já havia perdido para Paraguai, Chile e
Equador.
A Seleção Brasileira tinha pela
frente então a Copa América, a ser jogada na Colômbia. O treinador não iria
poder contar com os principais jogadores que atuavam no futebol europeu. A
Argentina não iria disputar o torneio, o que o transformava numa excelente
oportunidade de título brasileiro. O Brasil era Bi-campeão 1997 e 1999.
O time de Felipão na Copa
América: Marcos (Palmeiras), Juan (Flamengo), Cris (Cruzeiro) e Roque Júnior
(Milan, Itália); Belletti (São Paulo) e Júnior (Palmeiras); Emerson (Roma,
Itália), Eduardo Costa (Grêmio) e Denílson (Bétis, Espanha); Guilherme
(Atlético Mineiro) e Geovanni (Barcelona, Espanha). O centroavante Geovanni era
o jovem revelado pelo Cruzeiro e que havia sido titular no time sub-23 que
jogou o Pré-Olímpico do ano anterior, e não o quase homônimo Giovanni, meia
revelado pelo Santos, e que também como jogador do Barcelona da Espanha jogou a
Copa do Mundo de 1998.
O Brasil perdeu por 1 x 0 para o
México na estréia, era a segunda derrota de Scolari em seu segundo jogo a
frente da seleção canarinho. Depois venceu ao Peru por 2 x 0 e ao Paraguai por
3 x 1. Avançou para enfrentar Honduras nas quartas de final. Fácil?
Deveria ter sido, mas não foi. A
Seleção Brasileira foi eliminada pelos hondurenhos com um gol contra de
Belletti aos 12 minutos do segundo tempo, e um tiro de misericórdia dado pelos
pés de Saul Martínez aos 49 minutos do segundo tempo. Tragédia brasileira em
Manizales: Honduras 2 x 0 Brasil!
Sem estar confortável para
demitir novamente um treinador em tão pouco tempo, à CBF só restava apostar em
bons resultados nas Eliminatórias. O time de Felipão: Marcos (Palmeiras), Juan
(Flamengo), Lúcio (Bayer Leverkusen, Alemanha) e Roque Júnior (Milan, Itália);
Cafu (Roma, Itália) e Roberto Carlos (Real Madrid, Espanha); Emerson (Roma, Itália),
Eduardo Costa (Grêmio) e Rivaldo (Barcelona); Denílson (Bétis, Espanha) e
Edílson (Flamengo).
Foi dureza. A classificação não
foi tão tensa quanto a daquele jogo no Maracanã contra os uruguaios em 1993,
mas só veio no último jogo novamente. Antes, os comandados de Scolari venceram
o Paraguai por 2 x 0 no Estádio Olímpico, em Porto Alegre. Na seqüência,
derrota para a Argentina em Buenos Aires por 2 x 1, vitória por 2 x 0 sobre o
Chile no Couto Pereira, em Curitiba, e uma derrota por 3 x 1 para a Bolívia na
autitude de La Paz. Na última rodada, o Brasil enfrentava a Venezuela em São
Luís no Maranhão, e precisava da vitória para classificar-se. Até aquele
momento da história, em 14 jogos entre brasileiros e venezuelanos foram 14
vitórias do Brasil, nove delas valendo pelas Eliminatórias e numa única vez com
o Brasil fazendo menos do que três gols. Bom, mas o retrospecto sobre Honduras
também era muito superior e o Brasil havia sido eliminado pelos hondurenhos na
Copa América. Mas a seleção não desapontou, venceu por 3 x 0, com dois gols do
centroavante Luizão e um de Rivaldo e garantiu seu passaporte para a Copa do
Mundo de 2002.
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