domingo, 15 de setembro de 2013

Anos 40: a Argentina se consolida como potência

Sem se reunir durante todo o ano de 1943, a Seleção Brasileira só jogou dois jogos em 1944, e obteve dois resultados convincentes, duas goleadas sobre o Uruguai, por 6 x 1 no Rio de Janeiro e por 4 x 0 em São Paulo. Começava ali a Era Flávio Costa como treinador da seleção. O então treinador do Flamengo ficou a frente da Seleção Brasileira de 1944 a 1950.

Em 1945, o Brasil voltava a disputar o Campeonato Sul-Americano, que se realizaria em Santiago, no Chile, e novamente teria sete participantes. O time titular do Brasil jogava com: Oberdan (Palmeiras), Domingos da Guia (Corinthians) e Norival (Flamengo), Biguá (Flamengo), Rui (São Paulo) e Jaime de Almeida (Flamengo), Tesourinha (Internacional), Zizinho (Flamengo), Heleno de Freitas (Botafogo), Ademir Menezes (Vasco) e Chico (Vasco).

Os três primeiros jogos foram animadores: 3 x 0 na Colômbia, 2 x 0 na Bolívia e 3 x 0 no Uruguai. Mas mais uma vez o Brasil sucumbiu diante da Argentina, com uma derrota por 3 x 1, com três gols de Norberto Méndez. Nos dois últimos jogos, goleada por 9 x 2 sobre o Equador e vitória simples por 1 x 0 sobre o Chile. O Brasil terminava como vice-campeão.

No ano seguinte, houve uma nova edição do torneio, desta vez em Buenos Aires. Antes, porém, três jogos contra a Argentina pela Copa Roca, e dois contra o Uruguai pela Copa Rio Branco. Destaque para a goleada por 6 x 2 aplicada em cima dos argentinos no estádio de São Januário, no Rio de Janeiro. Os gols brasileiros nesta goleada foram feitos por Ademir Menezes (dois), Heleno de Freitas, Leônidas da Silva, Zizinho e Chico. O Brasil aos poucos montava a base que viria a disputar a Copa do Mundo de 1950.

No Sul-Americano, o time titular do Brasil teve: Ari (Botafogo), Domingos da Guia (Corinthians) e Norival (Flamengo), Zezé Procópio (São Paulo), Rui (São Paulo) e Jaime de Almeida (Flamengo), Tesourinha (Internacional), Zizinho (Flamengo), Heleno de Freitas (Botafogo), Ademir Menezes (Vasco) e Chico (Vasco), com Jair da Rosa Pinto, também do Vasco, também tendo atuado bastante. Era o maior torneio continental até então, reunindo nove países (só a Venezuela não havia participado ainda). O time de Flávio Costa venceu à Bolívia por 3 x 0 e ao Uruguai por 4 x 3. Depois empatou em 1 x 1 com o Paraguai e goleou o Chile por 5 x 1. Definiu o título contra a Argentina, dona da casa, e perdeu por 2 x 0 numa partida que foi marcada por uma pancadaria generalizada, mais uma vez. Os gols argentinos foram feitos mais uma vez por Norberto Méndez, ambos marcados após a paralisação de mais de cinqüenta minutos em decorrência do conflito generalizado em campo.

Seleção Brasileira em 1946

Por conta da briga, o Brasil voltou a não participar do Campeonato Sul-Americano disputado em 1947 no Equador. O torneio reuniu oito seleções e teve, mais uma vez, a Argentina como campeã, o terceiro título consecutivo em três anos seguidos. No time argentino se destacavam Alfredo Di Stéfano, Méndez, Moreno e Losteau.

Com os três títulos consecutivos, a Argentina tornava-se a maior vencedora do torneio continental. Àquele momento, os argentinos chegaram a 9 títulos, contra 8 do Uruguai, 2 do Brasil e 1 do Peru. Das 20 edições, no entanto, o Brasil não havia participado de 8 delas.

Sem jogar o Sul-Americano de 1947, a Seleção Brasileira jogou só dois jogos naquele ano, ambos contra o Uruguai pela Copa Rio Branco, com um empate em Montevidéu e uma vitória no Rio de Janeiro. Em 1948 também só houve dois duelos contra os uruguaios, um empate e uma derrota, ambos em Montevidéu.

Nenhum comentário:

Postar um comentário