quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

Série América Latina: BRASIL x EQUADOR

História da Seleção Brasileira de Futebol


O futebol equatoriano foi outro a ter um desenvolvimento mais tardio na América do Sul. A primeira vez que os dois países se enfrentaram no gramado foi em 1942, e os primeiros duelos foram vencidos com extrema facilidade pela Seleção Brasileira.

No Campeonato Sul-Americano de 1942, disputado em Montevidéu, no Uruguai, goleada canarinho por 5 x 1. Nos confrontos seguintes, goleadas ainda mais elásticas. No Sul-Americano de 1945, em Santiago, goleada por 9 x 2. E no Sul-Americano de 1949, no Rio de Janeiro, goleada por 9 x 1.


Nos anos 1950, o Brasil seguiu não encontrando dificuldade diante da Seleção Equatoriana. Os dois primeiros jogos entre as duas seleções nesta década aconteceram em Lima, no Peru, e ambos válidos pela principal competição continental. Em 1953, vitória brasileira por 2 x 0, e em 1957 mais uma goleada, desta vez por 7 x 1.

Em 1959 foi o ano em que houve dois Sul-Americanos, um primeiro em Buenos Aires, e outro no fim do ano no Equador. O Brasil disputou este segundo com uma equipe totalmente distinta da que fora vice-campeã no começo daquele ano e campeã mundial um ano antes. Nesta edição do fim do ano, o time brasileiro enfrentou duas vezes os equatorianos. Descaracterizada, a Seleção Brasileira deixou de golear, como era costume até então, mas não deixou de vencer. Ganhou o primeiro jogo por 3 x 1 e o segundo por 2 x 1.


Nos anos 1960, por conta do rompimento entre a Confederação Brasileira e a Confederação Sul-Americana, o Brasil mandou outra vez uma equipe completamente desconfigurada ao Sul-Americano de 63. Este time mais fraco fez uma campanha pífia, na qual não conseguiu vencer os equatorianos, tendo havido o primeiro empate entre as duas seleções na história: 2 x 2.

Brasil e Equador ficaram um longo período sem se enfrentar nos campos de futebol. As seleções principais haviam se encontrado em março de 1957. Depois disto, nos dois jogos em 1959 e na partida de 1963, a Seleção Brasileira estava com um time que poderia ser considerado o reserva do reserva. Só houve um duelo nos anos 1960 e nenhum nos anos 1970. As seleções principais só voltaram a se enfrentar em fevereiro de 1981.

Já as seleções olímpicas se encontraram duas vezes neste período, em jogos válidos pelo Pré-Olímpico. Em 1964 o Brasil venceu, e em 1971 os dois empataram.


A partir dos anos 1980, os confrontos passaram a ser mais constantes, mas ainda sob plena supremacia canarinho, inclusive quando jogando na altitude de Quito, capital equatoriana, que está a 2.850 metros acima do nível do mar.

Em 1981, as duas seleções entraram em campo para jogar um amistoso lá na altitude, e mesmo sob o ar rarefeito, a vitória brasileira foi tranquila, por 6 x 0. Na Copa América de 1983, dois duelos, com duas vitórias brasileiras, por 1 x 0 em Quito e por 5 x 0 em Goiânia. No final da década, mais dois amistosos, e mais duas vitórias do Brasil: 4 x 1 em Florianópolis em 1987, e 1 x 0 em Cuiabá em 1989.

As seleções olímpicas se enfrentaram ainda duas vezes nesta década, com um empate e uma vitória brasileira.


Nos anos 1990, o Brasil manteve sua supremacia: em seis confrontos, venceu cinco, tendo havido ainda um empate. Entretanto, as coisas começavam a mudar, já que os equatorianos começavam a dar sinais de evolução em seu futebol, e as vitórias já não aconteciam mais com contundentes goleadas.

Na Copa América de 1991, no Chile, vitória por 3 x 1. Nas Eliminatórias, em 1993, um empate sem gols em Quito, e uma vitória por 2 x 0 no Morumbi. Na Copa América de 1995, no Uruguai, vitória por 1 x 0. Ainda houve dois amistosos antes do fim da década, com um 4 x 2 jogado em Salvador, na Bahia, e uma goleada por 5 x 1 jogada em Washington, nos Estados Unidos.

Os números acumulados ao longo do século XX provavam a absoluta dominância brasileira no confronto. Haviam sido 19 jogos, com 17 vitórias brasileiras e 2 empates. A Seleção Brasileira converteu 71 gols e sofreu apenas 14. Em média, foram 3,74 gols brasileiros por jogo (quase quatro!), e 0,74 sofridos (menos de um por jogo!).


O desenvolvimento do futebol equatoriano encontrou sua maturidade na primeira década dos anos 2000, quando o Equador conseguiu, pela primeira vez em sua história, classificar-se para uma Copa do Mundo. Disputou os Mundiais de 2002 e 2006. A histórica Seleção Equatoriana que conseguiu este feito tinha a seguinte escalação: Cevallos; Porozo, De la Cruz, Iván Hurtado e Guerrón; Edwin Tenório, Obregón, Edison Méndez e Alex Aguinaga; Carlos Tenório e Agustín Delgado. Foi esta equipe que conseguiu vencer a Seleção Brasileira pela primeira vez na história, em 2001.

O histórico time das Eliminatórias 2001 e da Copa de 2002

Entre 2000 e 2009 foram oito jogos entre as seleções principais. Os primeiros foram nas Eliminatórias para a Copa de 2002. O Brasil venceu no turno com um apertado 3 x 2, jogando em São Paulo, e no returno, em Quito, aconteceu a primeira vitória equatoriana, 1 x 0, gol marcado por Delgado no início da etapa final.

Nas Eliminatórias seguintes, mais dois confrontos apertados. Uma magra vitória brasileira por 1 x 0 em Manaus, em 2003, e uma nova derrota em Quito em 2004, mais uma vez no Estádio Atahualpa, e de novo por 1 x 0, desta vez com gol de Edison Méndez.

Nesta década, os duelos continuavam duros e apertados, com placares baixos. Num amistoso em Estocolmo, na Suécia, em 2006, vitória brasileira por 2 x 1. Na Copa América de 2007, na Venezuela, a vitória canarinho foi por um magro 1 x 0. Nas Eliminatórias para a Copa de 2010, porém, o Brasil voltou a obter um placar elástico, vencendo por 5 x 0, em 2007, no Maracanã, no Rio de Janeiro. E no jogo do returno, em 2009, em Quito, o Brasil não venceu, mas pela primeira vez nesta década não perdeu na altitude da capital equatoriana, tendo o jogo terminado empatado em 1 x 1.


Nos anos 2010, as duas seleções se enfrentaram na Copa América de 2011. Em partida disputada em Córdoba, na Argentina, a Seleção Brasileira venceu por 4 x 2. No duelo seguinte, um amistoso em 2014 nos Estados Unidos, terminou com nova vitória verde-amarela, desta vez por 1 x 0. Na Copa América 2016, em Pasadena, nos Estados Unidos, o jogo terminou num empate sem gols. Mas estes não faltaram nos dois duelos seguintes, ambos pelas Eliminatórias, duas vitórias do time canarinho: 3 x 0 em Quito e 2 x 0 em Porto Alegre.






Série Duelos da Seleção Brasileira na América Latina:



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