A eliminação precoce na
Inglaterra, em 1966, provocou um temporal de críticas. Pelé, desgostoso, chegou
a dizer que aquele teria sido seu último Mundial e que não voltaria mais a
defender a Seleção Brasileira numa Copa do Mundo; ele estava com apenas 25
anos.
Em 1967 foi anunciado um novo treinador para a seleção, Aymoré Moreira, campeão de 62, substituía a Vicente Feola, campeão de 58. Naquele ano foram pouquíssimos jogos, o Brasil ainda estava anestesiado pelo retumbante fracasso de 1966. A seleção empatou três vezes com o Uruguai, em Montevidéu, pela Taça Rio Branco, e conseguiu uma vitória magra sobre o Chile. Naquele ano houve Campeonato Sul-Americano, mas o Brasil não quis saber de participar. Foi no ano seguinte, em 1968, que resolveram ser a hora de buscar o reerguimento, foram marcados nada menos do que 22 amistosos!
Aymoré queria fazer testes, levar caras novas para debaixo da camisa canarinho. Mas a mídia e o público, um tanto traumatizados com as confusões e os 44 convocados por Feola em 1966, mantinham o arsenal de críticas ao técnico da seleção. Em 1968, foram utilizados 52 jogadores nos amistosos realizados. Os jornais não cansavam de repetir: “ninguém sabe escalar a Seleção Brasileira”, “não se sabe quais são os titulares do Brasil”.
Os jogadores mais usados como titulares pelo treinador naquele ano foram: Félix (Portuguesa de Desportos), Carlos Alberto Torres (Santos), Brito (Vasco), Joel Camargo (Santos) e Rildo (Santos), Gérson (Botafogo) e Rivellino (Corinthians), Jairzinho (Botafogo), Tostão (Cruzeiro), Pelé (Santos) e Edu (Santos). Mal ou bem, era a espinha dorsal da equipe que jogaria no México em 1970. Oito dos onze titulares.
O lateral-esquerdo Everaldo, do Grêmio, o meio-campista Dirceu Lopes, do Cruzeiro, os atacantes Natal, também do Cruzeiro, e Paulo Borges, do Corinthians, e os centroavantes Toninho Guerreiro, do Santos, e Roberto Miranda, do Botafogo, também estiveram entre os que mais jogaram.
Dos 22 amistosos, o Brasil venceu 15, com direito a goleadas por 4 x 0 no Uruguai, por 4 x 0 no Paraguai e por 4 x 1 na Argentina, e vitórias sobre Polônia, Iugoslávia e Portugal. Empatou 2 deles, com Alemanha Ocidental e Iugoslávia, e perdeu 5 vezes, para Alemanha, Tchecoslováquia, Paraguai e duas vezes para o México. A seleção fez 56 gols nestes jogos, mas curiosamente Pelé fez apenas 4 deles.
Com o principal jogador apagado, e tendo sofrido derrotas para os mexicanos, uma delas em pleno Maracanã, a desconfiança em torno da Seleção Brasileira era imensa. As críticas seguiam a todo volume. A imprensa não dava sinais de que aliviaria. O próprio clima político no país incentivava estas críticas. O ano de 1968 foi o da declaração do AI-5, ato institucional da Ditadura Militar que instaurou a censura e arrochou o regime. A população estava nas ruas protestando. O brasileiro estava descontente com o país e uma das válvulas de descontentamento era criticar também a Seleção Brasileira.
Aymoré Moreira não resistiu no cargo. Em 1969 haveria Eliminatórias. Para apaziguar o clima de guerra com a imprensa esportiva, o escolhido como novo treinador da equipe canarinho foi o jornalista gaúcho, radicado no Rio de Janeiro, e que teve uma experiência como técnico do Botafogo: João Saldanha.
Em 1967 foi anunciado um novo treinador para a seleção, Aymoré Moreira, campeão de 62, substituía a Vicente Feola, campeão de 58. Naquele ano foram pouquíssimos jogos, o Brasil ainda estava anestesiado pelo retumbante fracasso de 1966. A seleção empatou três vezes com o Uruguai, em Montevidéu, pela Taça Rio Branco, e conseguiu uma vitória magra sobre o Chile. Naquele ano houve Campeonato Sul-Americano, mas o Brasil não quis saber de participar. Foi no ano seguinte, em 1968, que resolveram ser a hora de buscar o reerguimento, foram marcados nada menos do que 22 amistosos!
Aymoré queria fazer testes, levar caras novas para debaixo da camisa canarinho. Mas a mídia e o público, um tanto traumatizados com as confusões e os 44 convocados por Feola em 1966, mantinham o arsenal de críticas ao técnico da seleção. Em 1968, foram utilizados 52 jogadores nos amistosos realizados. Os jornais não cansavam de repetir: “ninguém sabe escalar a Seleção Brasileira”, “não se sabe quais são os titulares do Brasil”.
Os jogadores mais usados como titulares pelo treinador naquele ano foram: Félix (Portuguesa de Desportos), Carlos Alberto Torres (Santos), Brito (Vasco), Joel Camargo (Santos) e Rildo (Santos), Gérson (Botafogo) e Rivellino (Corinthians), Jairzinho (Botafogo), Tostão (Cruzeiro), Pelé (Santos) e Edu (Santos). Mal ou bem, era a espinha dorsal da equipe que jogaria no México em 1970. Oito dos onze titulares.
O lateral-esquerdo Everaldo, do Grêmio, o meio-campista Dirceu Lopes, do Cruzeiro, os atacantes Natal, também do Cruzeiro, e Paulo Borges, do Corinthians, e os centroavantes Toninho Guerreiro, do Santos, e Roberto Miranda, do Botafogo, também estiveram entre os que mais jogaram.
Dos 22 amistosos, o Brasil venceu 15, com direito a goleadas por 4 x 0 no Uruguai, por 4 x 0 no Paraguai e por 4 x 1 na Argentina, e vitórias sobre Polônia, Iugoslávia e Portugal. Empatou 2 deles, com Alemanha Ocidental e Iugoslávia, e perdeu 5 vezes, para Alemanha, Tchecoslováquia, Paraguai e duas vezes para o México. A seleção fez 56 gols nestes jogos, mas curiosamente Pelé fez apenas 4 deles.
Com o principal jogador apagado, e tendo sofrido derrotas para os mexicanos, uma delas em pleno Maracanã, a desconfiança em torno da Seleção Brasileira era imensa. As críticas seguiam a todo volume. A imprensa não dava sinais de que aliviaria. O próprio clima político no país incentivava estas críticas. O ano de 1968 foi o da declaração do AI-5, ato institucional da Ditadura Militar que instaurou a censura e arrochou o regime. A população estava nas ruas protestando. O brasileiro estava descontente com o país e uma das válvulas de descontentamento era criticar também a Seleção Brasileira.
Aymoré Moreira não resistiu no cargo. Em 1969 haveria Eliminatórias. Para apaziguar o clima de guerra com a imprensa esportiva, o escolhido como novo treinador da equipe canarinho foi o jornalista gaúcho, radicado no Rio de Janeiro, e que teve uma experiência como técnico do Botafogo: João Saldanha.
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