Em 1958 a Seleção Brasileira tinha pela frente o desafio de jogar mais uma Copa do Mundo em solo europeu. Após ser eliminada pela Hungria nas quartas de final em 1954 na Suíça, houve uma preparação como nunca antes tinha havido no Brasil para a disputa de qualquer competição de futebol. A equipe chegou à Europa algumas semanas antes e fez amistosos preparatórios.
Já era o primeiro semestre e faltavam poucos meses para a disputa, e a Seleção Brasileira se encontrava ainda sem um treinador definido. Queria-se alguém que levasse inovação tática ao conjunto brasileiro. O então presidente da Confederação Brasileira, João Havelange, tinha preferência pelo paraguaio Manuel Fleitas Solich, treinador Campeão Sul-Americano de 1953 justamente em cima do Brasil, e que havia se adaptado bem ao futebol brasileiro, tendo sido o técnico Tri-campeão Carioca de 1953-54-55 com o Flamengo. Ele acabou demovido desta ideia, seduzido por um outro plano que também passava por conhecimentos sobre as inovações táticas trazidas ao Brasil por um técnico estrangeiro. Uma escolha com paralelos com a história que havia levado Flávio Costa a obter bons resultados com a seleção entre 1944 e 1950, afinal suas inovações tinham sido semeadas quando ele acompanhou o trabalho do treinador húngaro Izidor Kurschner no Flamengo. O escolhido em 1958 foi Vicente Feola, que tinha sido o assistente-técnico do húngaro Béla Guttmann, que levou o São Paulo Futebol Clube a ser Campeão Paulista de forma imponente em 1957.
Vicente Feola trabalhava no São Paulo praticamente desde o início do clube, fundado em 1930 pela fusão dos departamentos de futebol do Paulistano e da Associação Atlética das Palmeiras, dois clubes que seguiram com suas vidas sociais independentes, mas que tinham decidido não aceitar ingressar ao futebol profissional. Com pequenos períodos de interrupções, Feola foi o técnico do São Paulo de 1937 a 1957. No Campeonato Sul-Americano daquele ano, o Peru e o Chile tinham disputado sob comando de um treinador húngaro, e em especial os peruanos deram muito trabalho à Seleção Brasileira, sobretudo nas Eliminatórias. O São Paulo então decidiu seguir pelo mesmo caminho de inovação e importou um técnico húngaro. O escolhido foi Béla Guttmann, que acumulava no curriculum dois títulos de campeão húngaro com o Ujpest, e passagem nas temporadas 1953/54 e 1954/55 pelo Milan, da Itália. Um judeu que havia sobrevivido aos campos de concentração do Holocausto Nazista. Durante aquele ano de 1957 no São Paulo, Guttmann seria o treinador e Feola seu assistente. E o trabalho resultou numa brilhante campanha e num título paulista conquistado de forma imponente. Por isso, a Confederação Brasileira optou pelo nome de Vicente Feola como novo treinador da Seleção Brasileira para o Mundial de 58.
O Brasil faria seu primeiro jogo na Copa do Mundo no dia 8 de junho contra a Áustria, e foi apenas em um pouco mais de um mês antes, em 4 de maio, que Feola fez sua estreia a frente do comando da Seleção Brasileira, com uma goleada sobre o Paraguai por 5 x 1 no Maracanã, em partida válida pela Taça Oswaldo Cruz. Na sequência, contra o mesmo adversário obteve um empate sem gols no Pacaembu, tendo sido este, no entanto, o único jogo não vencido nesta série preparatória para o Mundial.
Nos dois jogos contra o Paraguai, ele fez mudanças na linha defensiva. Desde o trabalho de Osvaldo Brandão a formação defensiva tinha Gilmar, Djalma Santos, Belini, Zózimo e Nilton Santos, com Roberto Belangero os protegendo como meio-campista de contenção. Desta formação, Feola sacou Djalma Santos, Nilton Santos e Belangero, e lançou De Dordi, Oreco e Dino Sani. No ataque, ele formou com três jogadores do Flamengo - Joel, Dida e Zagallo - e o centroavante Vavá, do Vasco. No Maracanã, a goleada por 5 a 1 deu crédito à linha ofensiva toda carioca, mas em São Paulo não funcionou, com um empate sem gols, que ao menos garantiu o troféu para a seleção.
Seguiram-se um amistoso contra o Flamengo no Maracanã (vitória rubro-negra por 1 a 0, na única vez que a Seleção Brasileira foi derrotada em todo aquele ano) e dois jogos contra a Bulgária na tradicional fórmula da época: primeiro no Maracanã e depois no Pacaembu. Feola voltou a mudar o time: Nilton Santos recuperou a vaga que havia estado com Oreco, Zito foi lançado no lugar de Dino Sani, e Moacir, do Flamengo, entrou no lugar de Didi. O entrosamento da linha ofensiva do clube rubro-negro funcionou no Maracanã, com uma goleada brasileira por 4 a 0, com todos os gols marcados por jogadores que atuavam pelo Flamengo (Moacir duas vezes, Dida e Joel). Para o segundo duelo, em São Paulo, ele testou Mauro Ramos, Jadir e Orlando Peçanha como zagueiros, manteve Moacir no meio, mas mexeu totalmente no ataque. Pela primeira vez Garrincha e Pelé foram lançados juntos a campo, começando ambos como titulares. E Feola deu preferência a uma linha de ataque que atuava no futebol paulista, utilizando Altafini, Pelé, Canhoteiro e Pepe.
O último jogo antes do embarque para a Europa foi um amistoso contra o Corinthians no Pacaembu que terminou com uma goleada, em ritmo de treino, por 5 a 0, na qual Didi recuperou a vaga que havia estado com Moacir. A escalação também trouxe a opção pela utilização da dupla de zaga titular do Vasco da Gama, formada por Bellini e Orlando. Assim, a seleção viaja parecendo já ter defesa e meio definidos: Gilmar, Djalma Santos, Bellini, Orlando Peçanha e Nilton Santos formando a linha defensiva, e Zito e Didi no meio de campo. Restava utilizar os jogos na Europa para definir ao ataque, que nos jogos no Rio de Janeiro foi formado por Joel, Vavá, Dida e Zagallo, e nos de São Paulo por Garrincha, Altafini Mazzola, Pelé e Pepe.
Nunca em sua história a Seleção Brasileira havia chegado com tanta antecedência para a disputa de uma competição. Dez dias antes da estreia no Mundial, a Seleção Brasileira fez dois amistosos na Itália antes de seguir para a Suécia, enfrentou à Fiorentina (com o brasileiro Julinho Botelho na ponta-direita de ataque do time italiano) e à Internazionale de Milão. Obteve duas goleadas convincentes por 4 a 0, e foi bastante elogiada pela imprensa italiana.
Vicente Feola ainda parecia estar com a cabeça cheia de dúvidas. Nos jogos na Itália, ele sacou Djalma Santos e Zito do time titular, e voltou a optar por De Sordi e Dino Sani, que tinham sido seus jogadores de confiança quando técnico do São Paulo. No ataque, ele começou contra a Fiorentina utilizando Garrincha, Mazzola, Dida e Pepe. Reza uma lenda que um lance nesta partida quitou a titularidade de Garrincha, que teria em determinado lance de ataque driblado toda a defesa italiana, passado pelo goleiro, e na hora de concluir optado por um drible a mais, no qual acabou desarmado. Para além da lenda, o que há de fato é que contra a Internazionale ele começou com um ataque escalado com Joel, Mazzola, Dida e Pepe. No 2º tempo, Zagallo entrou em campo e marcou o quarto gol, um feito que, pelas opções de Feola após a chegada à Suécia, pode ter lhe colocado uma dúvida a mais na cabeça, já que até então ele parecia inclinado a ter Pepe como o titular da ponta-esquerda.
Os Campeões do Mundo de 1958
Todas as 16 seleções que disputaram a Copa do Mundo de 58 eram ou da Europa ou das Américas. O Grupo 1 tinha Alemanha Ocidental, Argentina, Tchecoslováquia e Irlanda do Norte. O Grupo 2 tinha França, Iugoslávia, Escócia e Paraguai. O Grupo 3 reunia Suécia, Hungria, México e País de Gales. E o Grupo 4 era tido como o “grupo da morte”, com Inglaterra, União Soviética, Brasil e Áustria. Eram apontadas como favoritas ao título as seleções de União Soviética, Alemanha, Inglaterra e França.
O grupo brasileiro trazia uma geopolítica curiosa: com o mundo pós-Segunda Guerra Mundial bi-polarizado pela Guerra Fria entre o Capitalismo e o Socialismo, o grupo colocava frente a frente aos soviéticos, a grande potência socialista, e os ingleses, que embora já tivessem perdido após as duas grandes guerras a hegemonia econômica global para os Estados Unidos, ainda tinham a Londres como o mais importante centro financeiro e capitalista do planeta.
A Argentina voltava a disputar um Mundial depois de ter ficado ausente em 1938, 1950 e 1954, só acumulando até então participações em 1930 e 1934. Era a seleção, havia décadas, que dominava o futebol na América do Sul, e chegava apostando que poderia ser a campeã. Fez sua estreia sendo derrotada por 3 x 1 pela então campeã mundial Alemanha, ficando sob pressão por vitórias nos jogos seguintes. Na segunda rodada, venceu à Irlanda do Norte por 3 x 1, e como esta tinha vencido aos tchecos na abertura, a classificação argentina parecia muito bem encaminhada. Entretanto, no último jogo a surpresa: Tchecoslováquia 6 x 1 Argentina. O principal rival da Seleção Brasileira voltava para casa, caindo já na Fase de Grupos, levando em sua bagagem a humilhação por ter sofrido uma goleada retumbante.
A campanha brasileira na Copa do Mundo se iniciou com um confronto contra a Áustria, um jogo extremamente perigoso, sob um nervosismo natural por ser a estreia. Teoricamente era o jogo mais fácil do Brasil na 1ª fase, logo perder pontos poderia implicar em eliminação precoce. Feola escalou a equipe com Gilmar, De Sordi, Bellini, Orlando e Nilton Santos, Zito e Didi, Joel, Mazzola, Dida e Zagallo. O time não teve dificuldade para vencer por 3 a 0, com dois gols de Altafini Mazzola e um de Nilton Santos.
No outro jogo do grupo na primeira rodada, Inglaterra e União Soviética empataram por 2 a 2. Assim, pela segunda rodada o jogo entre Brasil e Inglaterra era uma decisão para os ingleses. Feola repetiu a escalação da estreia. O jogo terminou num empate sem gols que não satisfez a ninguém. Os soviéticos venceram à Áustria por 2 a 0. Os ingleses não dependiam mais apenas de si, e no Brasil eram muitas as críticas à incapacidade de ter marcado um gol na Inglaterra.
Para a terceira e decisiva rodada, Feola fez alterações no time que havia entrado em campo nos dois primeiros jogos. Joel, Mazzola e Dida foram sacados da equipe para as entradas da dupla Garrincha e Pelé, e do centroavante Vavá. Estas substituições mudariam as histórias da Copa do Mundo e da própria Seleção Brasileira para sempre!
Todos, no mundo, consideravam que a União Soviética era a favorita à vitória naquele dia 15 de junho de 1958. Toda a preparação científica dos jogadores soviéticos, com uma preparação física repleta de tecnologia, era o que sustentava tais argumentos. Porém, nada disto foi páreo para a habilidade, rapidez e a técnica dos franzinos jogadores brasileiros.
Nos minutos iniciais, Garrincha infernizou à defesa soviética. Com seus dribles desconcertantes, nenhum zagueiro era capaz de pará-lo. Foi dele o passe para Vavá abrir o placar logo aos 3 minutos de jogo. Um início de jogo fabuloso, no qual além do gol de Vavá, Garrincha ainda acertou um petardo na trave do goleiro Lev Yashin, o "Aranha Negra". O Brasil mandava em campo no 1º tempo. Mas foi uma partida duríssima, que só foi decidida aos 32 minutos do 2º tempo, quando Vavá marcou de novo e deu números finais ao jogo: Brasil 2 x 0 URSS.
Espetáculo brasileiro na vitória gigante sobre a União Soviética
A Seleção Brasileira avançava com moral e autoestima elevadas, pois terminou em 1º lugar no "Grupo da Morte". A Inglaterra teria avançado em segundo se tivesse vencido à Áustria, mas apenas conseguiu um empate (inclusive, o terceiro em três jogos). Foi necessário um jogo desempate contra os soviéticos, os quais venceram por 1 a 0, eliminando aos ingleses.
O adversário nas quartas de final foi o País de Gales, um adversário duríssimo, que impôs uma forte retranca, quase impenetrável. O gol brasileiro saiu somente aos 21 minutos do 2º tempo. Um gol que deu início à história fabulosa construída pelos pés daquele jovem garoto franzino de apenas 17 anos que carregava a camisa 10 nas costas: Pelé fez 6 gols nos play-offs, tendo esta fantástica sequência se iniciado com o gol que decidiu a magra vitória sobre Gales.
A semi-final foi contra a França, que havia eliminado à Irlanda do Norte. Do outro lado da chave, a anfitriã Suécia eliminou surpreendentemente à União Soviética, com uma vitória por 2 a 0, e enfrentaria na luta pela vaga à final à então campeã Alemanha. Jogo no qual os suecos voltaram a se impor, vencendo por 3 a 1 e avançando para fazer a final. Tendo eliminado aos favoritos soviéticos e alemães, os suecos estavam com autoestima e moral altíssimos, e jogavam diante de sua gente para tentar fazer história!
O duelo da Seleção Brasileira contra a França, dos craques Fontaine e Kopa, foi épico! Antes dos 10 minutos, Vavá já havia aberto o placar e Fontaine empatado cinco minutos depois. O lance capital do jogo aconteceu aos 31 minutos do 1º tempo, quando Robert Jonquet se lesionou. A FIFA ainda não permitia substituições na Copa do Mundo, e os franceses tiveram que disputar o restante da partida com um jogador a menos. Com um gol de Didi, o Brasil voltou a ficar em vantagem ainda antes do intervalo. No 2º tempo, três gols de Pelé colocaram implacáveis 5 a 1 no placar. No fim, Piantoni ainda descontou: Brasil 5 x 2 França. O Brasil estava novamente numa final de Copa do Mundo!
O adversário na final era a anfitriã Suécia, que tinha uma equipe com quatro jogadores que atuavam no futebol italiano, tendo um deles inclusive, o ponta-esquerda Skoglund, enfrentado à Seleção Brasileira pela Internazionale de Milão no último amistoso antes do Mundial.
Brasil e Suécia em campo na Final de 1958
A final começou com um grande susto logo aos 4 minutos: Liedholm abriu o placar para os suecos. Logo depois, Zagallo salvou uma bola sobre a linha que poderia ter mudado a história, a qual começou a mudar ainda aos 9 minutos, quando Vavá empatou ao completar cruzamento de Garrincha. Esta dupla estava infernal. Não tardou para que Vavá virasse, numa jogada que parecia até repetição da primeira, colocando 2 a 1 no placar. A partir de então, só deu Brasil: no 2º tempo, Pelé fez o terceiro, Zagallo marcou o quarto, Simonsson diminuiu faltando dez minutos, mas aos 45 minutos do segundo tempo, Pelé fechou a contagem definitivamente: Brasil 5 x 2 Suécia. Campeões do Mundo!
Golaço de Pelé, o terceiro da final
As ruas do Brasil, paradas para escutar a transmissão pelo rádio, explodiram em alegria e foram tomadas por uma festa descontrolada, num êxtase de alegria carnavalesca. O país inteiro passou a cantar: "A Taça do Mundo é Nossa / Com o brasileiro, não há quem possa / Eita esquadrão de ouro / É bom no samba, é bom no couro / O brasileiro lá no estrangeiro / Mostrou o futebol como é que é / Ganhou a taça do mundo, sambando com a bola no pé / Goool! / A Taça do Mundo é Nossa / Com o brasileiro, não há quem possa!".
Ato diplomático: volta olímpica com a bandeira da Suécia em mãos
O capitão Bellini levantou a taça e eternizou o gesto. Era a primeira vez que a Taça Jules Rimet era erguida com as duas mãos para o alto, num gesto que foi repetido por todos os capitães que levantaram a copa desde então.
O título foi um marco histórico. O único título de um país não-europeu numa Copa do Mundo jogada na Europa, assim como nenhum europeu seria campeão jogando nas Américas até a Alemanha conquistar à Copa de 2014 no Brasil. Em 1930 no Uruguai e em 1950 no Brasil o título foi uruguaio, em 1962 no Chile e em 1970 no México foi brasileiro, em 1978 na Argentina e em 1986 no México foi argentino, e em 1994 nos Estados Unidos foi novamente brasileiro. Em solo europeu, em 1934 na Itália e em 1938 na França foi italiano, em 1954 na Suíça foi alemão, em 1966 na Inglaterra foi inglês, em 1974 na Alemanha foi alemão de novo, em 1982 na Espanha foi italiano, em 1990 na Itália foi alemão, em 1998 na França foi francês, e em 2006 na Alemanha foi italiano. Somente o Brasil havia quebrado esta tradição, sendo campeão na Suécia, de forma que o título da Copa do Mundo de 1958 foi ainda mais especial, foi único, e foi o primeiro do Brasil.
Aquele histórico time brasileiro dominou o "Onze Ideal" daquela Copa do Mundo, com seis jogadores escolhidos pela FIFA entre os melhores, que foram: Harry Gregg (Inglaterra), Djalma Santos (Brasil), Bellini (Brasil) e Nilton Santos (Brasil); Blanchflower (Irlanda do Norte) e Didi (Brasil); Garrincha (Brasil), Pelé (Brasil), Just Fontaine (França), Raymond Kopa (França) e Gunnar Gren (Suécia). Curiosamente com a escolha de Djalma Santos, que jogou apenas a final e mesmo assim foi eleito. O titular da posição durante toda a Copa foi De Sordi, que pediu para ficar de fora da final por uma indisposição estomacal, tendo Djalma Santos o substituído e jogado tão bem, que só com um jogo já foi eleito entre os melhores daquele Mundial.
Naquele Mundial, o futebol brasileiro apresentava a sua revolução no estilo de jogo ao mundo. Assim como a Hungria de 1954 e a Holanda de 1974, o Brasil de 1958 apresentava um novo padrão de jogo, uma adaptação sua ao 4-2-4 no qual os dois laterais além de fechar a defesa junto aos zagueiros centrais, chegavam também ao ataque constantemente, alternando-se: se um avançava pela esquerda, o direito ficava na defesa para resguardar um contra-ataque, e se o direito subia ao ataque, o esquerdo ficava. Djalma Santos e Nilton Santos foram os mestres desta revolução, que pouquíssimas outras seleções conseguiram copiar, pois não conseguiam encontrar jogadores capazes de combinar as duas funções, de ataque e de defesa, com a mesma eficiência.
Brasil Campeão Mundial de 1958
JOGOS NO ANO:
04/05/1958 - BRASIL 5 x 1 PARAGUAI
Taça Oswaldo Cruz - Estádio do Maracanã, Rio de Janeiro
Gols: Zagallo (12'1T), Vavá (13'1T), Dida (22'1T), Arévalo (33'2T), Pelé (36'2T) e Zagallo (37'2T)
Brasil: Gilmar (Corinthians), De Sordi (São Paulo), Bellini (Vasco), Zózimo (Bangu) e Oreco (Corinthians); Dino Sani (São Paulo) e Didi (Botafogo); Joel (Flamengo), Vavá (Vasco), Dida (Flamengo) (Pelé (Santos)) e Zagallo (Flamengo).
Téc: Vicente Feola
Paraguai: Ramón Mayeregger (Nacional), Edelmiro Arévalo (Olimpia), Juan Vicente Lezcano (Olimpia) (Dario Segovia (Sol de América)), Salvador Villalba (Libertad) e Elígio Echague (Olimpia); Ignacio Achucarro (Olimpia) e José Del Rosario Parodi (Sportivo Luqueño); Juan Bautista Aguero (Olimpia), Raul Aveiro (Sportivo Luqueño) (Jorgelino Romero (Sol de América)), Cayetano Ré (Cerro Porteño) e Florencio Amarilla (Nacional) (Gilberto Penayo (Cerro Porteño)).
Téc: Aurelio González
07/05/1958 - BRASIL 0 x 0 PARAGUAI
Taça Oswaldo Cruz - Estádio do Pacaembu, São Paulo
Brasil: Gilmar (Corinthians), De Sordi (São Paulo), Bellini (Vasco), Zózimo (Bangu) e Oreco (Corinthians); Dino Sani (São Paulo) e Didi (Botafogo) (Moacir (Flamengo)); Joel (Flamengo), Vavá (Vasco), Dida (Flamengo) e Zagallo (Flamengo) (Canhoteiro (São Paulo)).
Téc: Vicente Feola
Paraguai: Ramón Mayeregger (Nacional), Edelmiro Arévalo (Olimpia), Juan Vicente Lezcano (Olimpia), Salvador Villalba (Libertad) e Elígio Echague (Olimpia) (Agustín Miranda (Cerro Porteño)); Ignacio Achucarro (Olimpia) e José Del Rosario Parodi (Sportivo Luqueño); Juan Bautista Aguero (Olimpia), Raul Aveiro (Sportivo Luqueño), Cayetano Ré (Cerro Porteño) e Florencio Amarilla (Nacional).
Téc: Aurelio González
11/05/1958 - BRASIL 0 x 1 Flamengo (Brasil)
Amistoso - Estádio do Maracanã, Rio de Janeiro
Gol: Manoelzinho (7'2T)
Brasil: Castilho (Fluminense) (Gilmar (Corinthians)), Djalma Santos (Portuguesa de Desportos) (De Sordi (São Paulo)), Mauro Ramos (São Paulo) (Bellini (Vasco)), Orlando Peçanha (Vasco) (Zózimo (Bangu)) e Oreco (Corinthians) (Nilton Santos (Botafogo)); Roberto Belangero (Corinthians) (Dino Sani (São Paulo)) e Pelé (Santos) (Moacir (Flamengo)); Garrincha (Botafogo) (Joel (Flamengo)), Altafini Mazzola (Palmeiras) (Vavá (Vasco)), Canhoteiro (São Paulo) (Dida (Flamengo)) e Pepe (Santos) (Zagallo (Flamengo)).
Téc: Vicente Feola
Flamengo: Fernando, Joubert, Milton Copolillo, Jadir (Tomires) e Jordan; Dequinha (Carlinhos) e Duca (Adalberto); Babá, Henrique Frade (Manoelzinho), Luís Carlos e Alfredinho.
Téc: Fleitas Solich
14/05/1958 - BRASIL 4 x 0 BULGÁRIA
Amistoso - Estádio do Maracanã, Rio de Janeiro
Gols: Dida (20'1T), Moacir (44'1T) e Moacir (9'2T), e Joel (36'2T)
Brasil: Castilho (Fluminense), De Sordi (São Paulo), Mauro Ramos (São Paulo), Zózimo (Bangu) e Nilton Santos (Botafogo); Zito (Santos) e Moacir (Flamengo); Joel (Flamengo), Altafini Mazzola (Palmeiras), Dida (Flamengo) (Pelé (Santos)) e Zagallo (Flamengo).
Téc: Vicente Feola
Bulgária: Georgi Naydenov (CDNA Sofia), Kiril Rakarov (CDNA Sofia), Manol Manolov (CDNA Sofia), Stefan Bozhkov (CDNA Sofia) (Yoncho Arsov (Levski Sofia)) e Metodi Nestorov (Lokomotiv Sofia); Ivan Dimitrov (Lokomotiv Sofia) e Todor Diev (Spartak Plovdiv); Georgi Dimitrov (CDNA Sofia), Panayot Panayotov (CDNA Sofia) (Spiro Debarski (Lokomotiv Sofia)), Nikola Kovachev (CDNA Sofia) e Krum Yanev (CDNA Sofia).
Técs: Stoyan Ormandzhiev e Krum Milev
18/05/1958 - BRASIL 3 x 1 BULGÁRIA
Amistoso - Estádio do Pacaembu, São Paulo
Gols: Pepe (1'1T), Todor Diev (8'1T), e Pelé (3'2T) e (15'2T)
Brasil: Gilmar (Corinthians), De Sordi (São Paulo), Mauro Ramos (São Paulo), Jadir (Flamengo) (Orlando Peçanha (Vasco)) e Nilton Santos (Botafogo); Roberto Belangero (Corinthians) e Moacir (Flamengo); Garrincha (Botafogo), Altafini Mazzola (Palmeiras) (Gino (São Paulo)), Pelé (Santos) e Canhoteiro (São Paulo) (Pepe (Santos)).
Téc: Vicente Feola
Bulgária: Ivan Derventski (Levski Sofia), Kiril Rakarov (CDNA Sofia), Manol Manolov (CDNA Sofia), Stefan Bozhkov (CDNA Sofia) e Metodi Nestorov (Lokomotiv Sofia) (Yoncho Arsov (Levski Sofia)); Ivan Dimitrov I (Lokomotiv Sofia) e Todor Diev (Spartak Plovdiv); Hristo Iliev (Levski Sofia) (Nikola Kovachev (CDNA Sofia)), Panayot Panayotov (CDNA Sofia), Krum Yanev (CDNA Sofia) (Georgi Dimitrov (CDNA Sofia)) e Spiro Debarski (Lokomotiv Sofia).
Técs: Stoyan Ormandzhiev e Krum Milev
21/05/1958 - BRASIL 5 x 0 Corinthians (Brasil)
Amistoso - Estádio do Pacaembu, São Paulo
Gols: Mazzola, Pepe (2) e Garrincha (2)
Brasil: Gilmar (Corinthians), Djalma Santos (Portuguesa de Desportos), Bellini (Vasco), Orlando Peçanha (Vasco) e Nilton Santos (Botafogo); Zito (Santos) (Dino Sani (São Paulo)) e Didi (Botafogo); Garrincha (Botafogo), Altafini Mazzola (Palmeiras), Pelé (Santos) (Vavá (Vasco)) e Pepe (Santos).
Téc: Vicente Feola
Corinthians: Aldo, Ary Clemente, Cássio (Idário), Olavo e Walmir (Homero (Corinthians)); Benedito e Luizinho Trochillo; Bataglia, Índio (Paulo), Rafael e Zague.
Téc: Cláudio Pinho
29/05/1958 - BRASIL 4 x 0 Fiorentina (Itália)
Amistoso - Estádio Artemio Franchi, Florença, Itália
Gols: Mazzola (2), Pepe e Garrincha
Brasil: Gilmar (Corinthians), De Sordi (São Paulo) (Djalma Santos (Portuguesa de Desportos)), Bellini (Vasco), Orlando Peçanha (Vasco) e Nilton Santos (Botafogo); Dino Sani (São Paulo) e Didi (Botafogo); Garrincha (Botafogo), Altafini Mazzola (Palmeiras) (Moacir (Flamengo)), Dida (Flamengo) (Vavá (Vasco)) e Pepe (Santos).
Téc: Vicente Feola
Fiorentina: Giuliano Sarti, Ardico Magnini, Armando Segato, Enzo Robotti e Giuseppe Chiappella; Sergio Cervato e Francisco Lojacono; Julinho Botelho, Giuseppe Virgili, Miguel Montuori e Claudio Bizzarri.
Téc: Fulvio Bernardini
01/06/1958 - BRASIL 4 x 0 Internazionale (Itália)
Amistoso - Estádio San Siro, Milão, Itália
Gols: Dino Sani, Dida, Mazzola e Zagallo
Brasil: Castilho (Fluminense), Djalma Santos (Portuguesa de Desportos), Bellini (Vasco), Orlando Peçanha (Vasco) e Nilton Santos (Botafogo) (Oreco (Corinthians)); Dino Sani (São Paulo) e Didi (Botafogo); Joel (Flamengo), Altafini Mazzola (Palmeiras), Dida (Flamengo) (Vavá (Vasco)) e Pepe (Santos) (Zagallo (Botafogo))
Téc: Vicente Feola
Internazionale: Giorgio Ghezzi, Livio Fongaro, Giorgio Bernardin, Aristide Guarneri e Enea Masiero; Giovanni Invernizzi e Eugenio Rizzolini (Oscar Massei); Mauro Bicicli (Benito Lorenzi), Antonio Angelillo, Bengt Lindskog (Washington Cacciavillani) e Lennart Skoglund.
Téc: Giuseppe Bigogno
08/06/1958 - BRASIL 3 x 0 ÁUSTRIA
Copa do Mundo - Estádio Rimnersvallen, Uddevalla, Suécia
Gols: Mazzola (37'1T), Nilton Santos (5'2T) e Mazzola (40'2T)
Brasil: Gilmar (Corinthians), De Sordi (São Paulo), Bellini (Vasco), Orlando Peçanha (Vasco) e Nilton Santos (Botafogo); Dino Sani (São Paulo) e Didi (Botafogo); Joel (Flamengo), Altafini Mazzola (Palmeiras), Dida (Flamengo) e Zagallo (Botafogo).
Téc: Vicente Feola
Áustria: Rudolf Szanwald (Wiener), Paul Halla (Rapid Viena), Gerhard Hanappi (Rapid Viena), Ernst Happel (Rapid Viena) e Franz Swoboda (Austria Viena); Karl Koller (First Viena) e Helmut Senekowitsch (Sturm Graz); Walter Horak (Wiener), Hans Buzek (First Viena), Alfred Korner (Rapid Viena) e Walter Schleger (Austria Viena).
Téc: Josef Argauer
11/06/1958 - BRASIL 0 x 0 INGLATERRA
Copa do Mundo - Estádio Nya Ullevi, Gotemburgo, Suécia
Brasil: Gilmar (Corinthians), De Sordi (São Paulo), Bellini (Vasco), Orlando Peçanha (Vasco) e Nilton Santos (Botafogo); Dino Sani (São Paulo) e Didi (Botafogo); Joel (Flamengo), Altafini Mazzola (Palmeiras), Vavá (Vasco) e Zagallo (Botafogo).
Téc: Vicente Feola
Inglaterra: Colin McDonald (Burnley), Don Howe (West Bromwich), Eddie Clamp (Wolverhampton), Billy Wright (Wolverhampton) e Tommy Banks (Bolton); Bill Slater (Wolverhampton) e Bobby Robson (West Bromwich); Bryan Douglas (Blackburn), Derek Kevan (West Bromwich), Johnny Haynes (Fulham) e Alan A'Court (Liverpool).
Téc: Walter Winterbottom
15/06/1958 - BRASIL 2 x 0 UNIÃO SOVIÉTICA
Copa do Mundo - Estádio Nya Ullevi, Gotemburgo, Suécia
Gols: Vavá (3'1T) e (32'2T)
Brasil: Gilmar (Corinthians), De Sordi (São Paulo), Bellini (Vasco), Orlando Peçanha (Vasco) e Nilton Santos (Botafogo); Zito (Santos) e Didi (Botafogo); Garrincha (Botafogo), Vavá (Vasco), Pelé (Santos) e Zagallo (Botafogo).
Téc: Vicente Feola
URSS: Lev Yashin (Dinamo Moscou), Vladimir Kesarev (Dinamo Moscou), Konstantin Krizhevskiy (Dinamo Moscou), Boris Kuznetsov (Dinamo Moscou) e Yuriy Voynoy (Dinamo Kiev); Viktor Tsarev (Dinamo Moscou) e Valentin Ivanov (Torpedo Moscou); Aleksandr Ivanov (Zenit), Nikita Simonyan (Spartak Moscou), Igor Netto (Spartak Moscou) e Anatoliy Ilyin (Spartak Moscou).
Téc: Gavriil Kachalin
19/06/1958 - BRASIL 1 x 0 PAÍS DE GALES
Copa do Mundo - Estádio Nya Ullevi, Gotemburgo, Suécia
Gol: Pelé (21'2T)
Brasil: Gilmar (Corinthians), De Sordi (São Paulo), Bellini (Vasco), Orlando Peçanha (Vasco) e Nilton Santos (Botafogo); Zito (Santos) e Didi (Botafogo); Garrincha (Botafogo), Altafini Mazzola (Palmeiras), Pelé (Santos) e Zagallo (Botafogo).
Téc: Vicente Feola
Gales: Jack Kelsey (Arsenal/ING), Stuart Williams (West Bromwich/ING), Mel Charles (Swansea/ING), Dave Bowen (Arsenal/ING) e Mel Hopkins (Tottenham/ING); Derrick Sullivan (Cardiff) e Ron Hewitt (Cardiff); Terry Medwin (Tottenham/ING), Colin Webster (Manchester United/ING), Ivor Allchurch (Swansea/ING) e Cliff Jones (Tottenham/ING).
Téc: Jimmy Murphy
24/06/1958 - BRASIL 5 x 2 FRANÇA
Copa do Mundo - Estádio Rasunda, Solna, Suécia
Gols: Vavá (2'1T), Fontaine (9'1T), Didi (39'1T), Pelé (7'2T), (19'2T) e (30'2T), e Piantoni (38'2T)
Brasil: Gilmar (Corinthians), De Sordi (São Paulo), Bellini (Vasco), Orlando Peçanha (Vasco) e Nilton Santos (Botafogo); Zito (Santos) e Didi (Botafogo); Garrincha (Botafogo), Vavá (Vasco), Pelé (Santos) e Zagallo (Botafogo).
Téc: Vicente Feola
França: Claude Abbes (Saint-Étienne), Raymond Kaelbel (Monaco), Jean-Jacques Marcel (Olympique Marselha), André Lerond (Lyon) e Robert Jonquet (Stade Reims); Armand Penverne (Stade Reims) e Maryan Wisnieski (Lens); Raymond Kopa (Real Madrid/ESP), Just Fontaine (Stade Reims), Roger Piantoni (Stade Reims) e Jean Vincent (Stade Reims).
Téc: Albert Batteux
29/06/1958 - BRASIL 5 x 2 SUÉCIA
Copa do Mundo - Estádio Rasunda, Solna, Suécia
Gols: Liedholm (4'1T), Vavá (9'1T) e (32'1T), Pelé (10'2T), Zagallo (23'2T), Simonsson (35'2T) e Pelé (45'2T)
Brasil: Gilmar (Corinthians), Djalma Santos (Portuguesa de Desportos), Bellini (Vasco), Orlando Peçanha (Vasco) e Nilton Santos (Botafogo); Zito (Santos) e Didi (Botafogo); Garrincha (Botafogo), Vavá (Vasco), Pelé (Santos) e Zagallo (Botafogo).
Téc: Vicente Feola
Suécia: Kalle Svensson (Helsingborgs), Rune Borjesson (Orebro), Sven Axbom (IFK), Bengt Julle Gustavsson (Norrby) e Orvar Bergmark (Padova/ITA); Sigge Parling (Atalanta/ITA) e Kurt Hamrin (Milan/ITA); Nils Liedholm (Orgryte), Gunnar Gren (Djurgardens), Agne Simonsson (Orgryte) e Lennart Skoglund (Internazionale/ITA).
Téc: George Raynor
Estádio Rasunda, em Solna, Região Metropolitana de Estocolmo
Local onde a Seleção Brasileira foi Campeão Mundial pela 1ª vez
RESUMO:
Seleção Brasileira de 1958:
Gilmar (Corinthians), De Sordi (São Paulo) (Djalma Santos (Portuguesa de Desportos)), Bellini (Vasco), Orlando Peçanha (Vasco) e Nilton Santos (Botafogo); Zito (Santos) (Dino Sani (São Paulo)) e Didi (Botafogo); Garrincha (Botafogo), Vavá (Vasco) (Altafini Mazzola (Palmeiras)), Pelé (Santos) e Zagallo (Flamengo/Botafogo).
Artilharia: Pelé (9), Vavá (6), Altafini Mazzola (6), Zagallo (4), Pepe (4), Garrincha (3), Dida (3), Moacir (2), Joel (1), Dino Sani (1), Nilton Santos (1) e Didi (1)
Participação:
14 jogos: --
13 jogos: --
12 jogos: Gilmar dos Santos Neves, Hilderaldo Bellini e Nilton Santos
11 jogos: De Sordi, Orlando Peçanha, Didi e Zagallo
10 jogos: Vavá
9 jogos: Altafini Mazzola e Pelé
8 jogos: Dino Sani e Garrincha
7 jogos: Joel e Dida
6 jogos: Zito
5 jogos: Djalma Santos, Moacir e Pepe
4 jogos: Zózimo e Oreco
3 jogos: Castilho, Mauro Ramos e Canhoteiro
2 jogos: Roberto Belangero
1 jogo: Jadir e Gino
Nenhum comentário:
Postar um comentário