Darcy Silveira dos Santos, apelidado como Canário, jogou no America de 1954 a 1959. Chegou a ser considerado um dos melhores do Brasil como ponta-direita na segunda metade dos anos 50. Jogava ao estilo dos pontas da época, com muita velocidade, dribles longos e curtos, bom toque de bola, precisão ao cruzar a bola da linha de fundo e boa finalização ao gol.
Nascido em Olaria, Zona da Leopoldina, subúrbio do Rio de Janeiro, no dia 24 de maio de 1934, Canário chegou à adolescência batendo bola nos bairros da Penha, Vila da Penha, Madureira e Vicente de Carvalho. Aos 19 anos, aportou na Rua Bariri, no Olaria Atlético Clube, muito próximo de onde morava com os pais. Ao completar 20 anos, chegou ao América, passando a treinar no campo da Rua Campos Sales, no bairro da Tijuca. Ingressou profissionalmente no América em 1954, onde já virou titular logo no seu primeiro, numa equipe escala com: Pompéia; Rubens e Edson; Ivan, Osvaldinho e Hélio; Canário, Romeiro, Leônidas, Martin Alarcon e Ferreira.
Jogando o melhor do seu futebol, Canário permaneceu no América até 1959, sem ter conseguido ser campeão estadual (o América foi Campeão Carioca em 1960 com a geração da qual ele tinha feito parte). Convocado várias vezes para a seleção brasileira, nunca vestiu a camisa amarelinha numa Copa do Mundo, pois havia uma luta ferrenha contra Joel, Julinho e Garrincha, todos jogadores de sua mesma posição. Ainda assim, atuou em sete oportunidades como titular em 1956, conquistando cinco vitórias e um empate e amargando uma derrota. Marcou 7 gols com a camisa da Seleção Brasileira.
Em 1958, com a conquista da Copa do Mundo da Suécia pela seleção brasileira, o futebol nacional ganhou inquestionável projeção, principalmente na Europa. Em 1959, o Real Madrid, então presidido por Santiago Bernabéu, contratou o campeão mundial Didi e, orientado por olheiros, contratou também Canário, do América Futebol Clube. Ele seguiu da Europa e por lá ficou, fixando residência na Espanha até seus últimos dias de vida.
Carreira: 1954-1959 América-RJ; 1959-1962 Real Madrid (Espanha); 1962-63 Sevilla (Espanha); 1963-1968 Zaragoza (Espanha); 1968-69 Mallorca (Espanha)
Carreira: 1954-1959 América-RJ; 1959-1962 Real Madrid (Espanha); 1962-63 Sevilla (Espanha); 1963-1968 Zaragoza (Espanha); 1968-69 Mallorca (Espanha)
No Real Madrid e formou com Del Sol, Di Stefano, Puskas e Gento um dos melhores ataques da história do futebol mundial. Quando Canário chegou a Madrid para jogar a temporada 1959-60 do futebol europeu, encontrou uma equipe já absolutamente dominante no cenário continental, que era Tetra-campeã da Copa dos Campeões (1956-1957-1958-1959). Ele não se intimidou, conquistando a vaga de titular no elenco merengue. Entre os titulares, os argentinos Dominguez e Alfredo Di Stéfano, e o zagueiro uruguaio Jose Santamaria. Os titulares daquela temporada do Real Madrid: Dominguez, Marquitos, Santamaria e Pachin; Vidal e Zarraga; Canário, Del Sol, Di Stéfano, Puskas e Gento.
A final da Liga dos Campeões naquela temporada, jogada em Glasgow, na Escócia, em 18 de maio de 1960, foi uma das partidas mais épicas da história do futebol mundial. Real Madrid e Eintracht Frankfurt, da Alemanha, disputavam o título máximo do continente. Com quatro gols de Di Stéfano, e três gols de Puskas, os merengues venceram o jogo por 7 x 3, conquistando o título. Os alemães saíram na frente do marcador, no início do jogo, mas com gols do húngaro Ferenc Puskas, o Real virou ainda no primeiro tempo. Na volta para etapa final, Alfredo Di Stéfano marcou quatro vezes nos vinte e cinco primeiros minutos, e pôs 6 x 1 no placar. Os alemães marcaram duas vezes, e Puskas fechou a conta. Canário se sagrava o primeiro brasileiro a ser campeão da Copa dos Campeões da Europa.
A final da Liga dos Campeões naquela temporada, jogada em Glasgow, na Escócia, em 18 de maio de 1960, foi uma das partidas mais épicas da história do futebol mundial. Real Madrid e Eintracht Frankfurt, da Alemanha, disputavam o título máximo do continente. Com quatro gols de Di Stéfano, e três gols de Puskas, os merengues venceram o jogo por 7 x 3, conquistando o título. Os alemães saíram na frente do marcador, no início do jogo, mas com gols do húngaro Ferenc Puskas, o Real virou ainda no primeiro tempo. Na volta para etapa final, Alfredo Di Stéfano marcou quatro vezes nos vinte e cinco primeiros minutos, e pôs 6 x 1 no placar. Os alemães marcaram duas vezes, e Puskas fechou a conta. Canário se sagrava o primeiro brasileiro a ser campeão da Copa dos Campeões da Europa.
Campeão da Champions League em 1960
Canário defendeu o Real Madrid até 1966. Em 1967 transferiu-se para o Zaragoza, também da Espanha. Defendeu ainda as cores do Sevilla e do Mallorca, onde finalmente encerrou a carreira como jogador profissional. E apesar de sua passagem vitoriosa pelo clube merengue, Canário teve seu auge quando atuou pelo Zaragoza, onde fez parte do seleto grupo conhecido como "Los Cinco Magníficos", que era composto por ele próprio, além dos espanhóis Santos, Marcelino, Villa e Lapetra, responsáveis pelas grandes campanhas da equipe na época, conquistando títulos como a Copa das Feiras de 1964, que foi um dos mais tradicionais torneios do futebol espanhol naquela época.
Os Cinco Magníficos assombraram o futebol da Espanha nos anos 1960, quando chegaram a quatro finais da Copa do Rei consecutivas (1963, 64, 65 e 66), das quais foram campeões duas vezes. Na época o torneio se chamava Copa do Generalíssimo, e o Zaragoza foi campeão em 1964 e 1966. Ainda chegaram a duas finais consecutivas das Copa das Feiras (com um título, em 1964), e tendo ainda disputado uma semi-final da Recopa Européia, em 1965. A ida de Canário para o Mallorca, em 1968, viria a marcar o começo do declínio desta grande era do Zaragoza. Os Cinco Magníficos difundiram um futebol de ataque e ofensivo, que marcou uma era do futebol espanhol.
Os Cinco Magníficos assombraram o futebol da Espanha nos anos 1960, quando chegaram a quatro finais da Copa do Rei consecutivas (1963, 64, 65 e 66), das quais foram campeões duas vezes. Na época o torneio se chamava Copa do Generalíssimo, e o Zaragoza foi campeão em 1964 e 1966. Ainda chegaram a duas finais consecutivas das Copa das Feiras (com um título, em 1964), e tendo ainda disputado uma semi-final da Recopa Européia, em 1965. A ida de Canário para o Mallorca, em 1968, viria a marcar o começo do declínio desta grande era do Zaragoza. Os Cinco Magníficos difundiram um futebol de ataque e ofensivo, que marcou uma era do futebol espanhol.
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