Depois de superar à Argentina com uma goleada imponente pela Copa Roca no fim de 1945, a Seleção Brasileira foi a Montevidéu no início de 46 para mais uma edição da Copa Rio Branco. O escrete estava a caminho de Buenos Aires, onde seria disputada mais uma edição do Campeonato Sul-Americano. O elenco brasileiro tinha pouquíssimas variações frente ao que havia sido vice-campeão no ano anterior no Chile.
Como visitante diante do Uruguai, o desempenho não foi o mesmo dos amistosos de 1944, quando como mandante o Brasil goleou duas vezes à "Celeste Olímpica". Entretanto, uma coisa se repetiu, uma conclusão em confusão. No primeiro jogo, numa partida muito acirrada, os uruguaios venceram por 4 x 3. Jogavam pelo empate no segundo jogo para erguer o troféu. Saíram na frente. O Brasil empatou. Mas era enorme a indignação pela atuação do árbitro uruguaio. Flávio Costa acabou expulso e a seleção abandonou o campo, revoltada, aos 32 minutos do 2º tempo, não tendo a partida sido concluída. Com o empate, a taça ficou com os uruguaios.
A parada seguinte da Seleção Brasileira era em Buenos Aires. E o histórico de passagens do futebol brasileiro pela capital argentina era belicoso. Os problemas se iniciam em 1920, quando a seleção voltava do Sul-Americano disputado no Chile e o navio parou em Buenos Aires, onde o time aproveitou para jogar amistosos, ocasião na qual o jornal argentino "La Crítica" publicou uma ilustração preconceituosa com macacos vestindo o uniforme da Seleção Brasileira e se referindo pejorativamente aos "Macaquitos" com a chamada: "Macacos em Buenos Aires: uma saudação aos ilustres hóspedes".
Depois deste incidente, a Seleção Brasileira disputou e foi vice-campeã do Sul-Americano de 1921 na capital argentina sem que tenham ocorrido incidentes, assim como foi pacífica a disputa da Copa Roca de 1923, também jogada por lá. Porém, na passagem seguinte, no Sul-Americano de 1925, aconteceu o primeiro conflito. Na última rodada, o Brasil precisava vencer para forçar um jogo extra. A seleção abriu 2 a 0, e a violência e as intimidações começaram. Houve invasão de campo e agressão aos jogadores brasileiros. A Argentina conseguiu empatar e se sagrou campeã. Por causa deste conflito, a Seleção Brasileira decidiu se manter por 12 anos fora da disputa do Campeonato Sul-Americano.
O Brasil decidiu voltar à competição continental em 1937, numa edição novamente disputada justamente em Buenos Aires. E o roteiro foi quase o mesmo. Desta vez houve jogo extra para decidir o título. Arrastou-se um empate sem gols até os 35 minutos do 2º tempo, quando houve mais uma briga generalizada, com invasão de campo e agressões aos jogadores brasileiros. Após longa paralisação, a partida foi reiniciada, foi para a prorrogação, que terminou com vitória por 2 a 0 e título argentino. Mais uma vez a escolha da Seleção Brasileira foi por se afastar da competição continental, desta vez por 5 anos.
Depois destes incidentes, a Seleção Brasileira passou por Buenos Aires em 1940 para uma disputa de Copa Roca, que terminou com goleadas argentinas e sem incidentes. Toda esta história é um resumo do espírito dos jogadores argentinos nos confrontos contra brasileiros na história: enquanto estão vencendo, tudo em ordem, quando começam a perder ou estão ameaçados de serem derrotados, apelam para a violência. Em 1946, no entanto, o contexto foi outro, mas uma nova passagem brasileira por Buenos Aires teve o roteiro final repetido. Foi sob este tempero que se construiu a maior rivalidade do futebol da América do Sul.
Seleção Brasileira de 1946
O Campeonato Sul-Americano de 1946 foi um hexagonal disputado por Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Paraguai e Uruguai. Com a bola em jogo, o torneio começou com vitórias argentinas e brasileiras nas duas primeiras rodadas, com o Brasil conseguindo superar ao Uruguai por 4 a 3 (após um 1º tempo movimentadíssimo, que terminou 4 a 2). Na terceira rodada, porém, o Brasil empatou com o Paraguai por 1 x 1, com o goleiro paraguaio Sinforiano Garcia tendo uma explendorosa atuação. Já os argentinos seguiram impávidos em sua caminhada, vencendo a todos os seus adversários, até enfrentar à Seleção Brasileira na última rodada. O Brasil ainda aplicou uma goleada de 5 a 1 sobre o Chile na penúltima rodada, em tarde inspiradíssima de Zizinho, que marcou os quatro primeiros gols do jogo. O jogador do Flamengo foi o primeiro a marcar quatro gols numa mesma partida oficial com a camisa da Seleção Brasileira.
Flávio Costa vinha desde o ano anterior tentando conciliar a presença no ataque de dois jogadores com forte presença dentro da área. Ele usava a linha de frente do Vasco, com Ademir Menezes com a 9, Jair Rosa Pinto na ponta de lança e Chico na ponta-esquerda, mas buscava encontrar espaço ao homem de área do Botafogo, o goleador Heleno de Freitas. Tentou jogar com Ademir e Heleno juntos como referência de área, com Jair mais recuado pela esquerda, numa estrutura que ficou chamada de diagonal, com o gaúcho Tesourinha, do Internacional de Porto Alegre, mais avançado pela ponta direita. Acabou, porém, desistindo, sacando Ademir e voltando a jogar com Chico ofensivo pelo lado esquerdo.
Na rodada derradeira, aos argentinos bastava um empate para serem campões. Com a bola rolando, Norberto "Tucho" Méndez foi mais uma vez o carrasco do Brasil, marcando dois gols logo nos 20 primeiros minutos de partida, tentos este que puseram os 2 a 0 definitivos no placar. Mas os ânimos estavam exaltados desde antes da bola rolar, e a partida descambou para a violência.
A declaração do argentino José Salomón, capitão de sua seleção, mostra que não era uma história em que houvesse uma batalha entre "anjos" e "demônios". Por suas palavras, numa entrevista dada algumas décadas depois: "era uma noite de tremendo calor, nós tínhamos 1 ponto de vantagem, e foi uma partida quente como toda final. Mas esta vinha com um agregado: dois meses antes havíamos jogado no Rio de Janeiro pela Copa Roca, eles nos ganharam de 3 a 1, e a verdade é que aquilo havia sido pouco menos do que uma batalha. Eles bateram de qualquer jeito, e nós também. Por isso, flutuava no ar, já nesta final, a lembrança do que havia ocorrido dois meses antes". Naquela partida válida pela Copa Roca, em dezembro de 1945, o argentino José Battagliero terminou com a perna fraturada, num choque com Ademir Menezes. A revista argentina "El Gráfico" publicou em sua crônica sobre aquela partida: "brasileiros 'criminosos' machucaram propositalmente os jogadores argentinos".
Antes da partida ser iniciada, o zagueiro Battagliero foi carregado em volta do campo do River Plate erguido numa maca, fazendo ferver os ânimos dos torcedores no local. Mas foi José Salomón quem acabou, para sua infelicidade, tornando-se o personagem central daqueles acontecimentos no Estádio Monumental de Núñez em 10 de fevereiro de 1946: aos 28 minutos do 1º tempo, Jair Rosa Pinto acertou Salomón numa dividida com uma entrada duríssima, para a revolta dos jogadores argentinos, que partiram para intimidá-lo, com reação dos brasileiros, e dando-se início a uma confusão generalizada. Salomón acabou tendo a perna quebrada, obviamente deixando o jogo, com uma lesão que lhe causaria o fim prematuro da carreira de jogador de futebol.
Os jogadores argentinos só teriam tomado conhecimento da fratura ao chegar ao vestiário no intervalo, e não se conformaram. No 2º tempo, uma entrada de Chico saltando sobre as costas de um zagueiro argentino causou uma nova confusão generalizada entre as duas equipes, tendo havido invasão de campo. Os jogadores brasileiros tiveram que sair escoltados pelos policiais para dentro dos vestiários. A partida ficou paralisada por mais de uma hora até que pudesse ser reiniciada. Chico e De la Mata foram expulsos de campo. Para o jornal brasileiro "O Globo Sportivo", o árbitro uruguaio que apitou aquela partida, declarou: "no Chile, no Sul-Americano do ano anterior, também fui eu quem apitei o match Brasil x Argentina, e cada vez que esses dois teams se encontram, seus integrantes fazem um jogo muito duro". Já era tarde da noite quando os brasileiros voltaram a campo e a partida foi concluída. Futebol só houve na primeira metade do 1º tempo, de resto o que havia era uma apreensão de campo de batalha. E pelo segundo ano consecutivo o título foi da Argentina. E do lado brasileiro, a consequência foi a ausência no Campeonato Sul-Americano de 1947, a terceira edição consecutivamente disputada, e cujo título foi pela terceira vez da Argentina.
JOGOS NO ANO:
05/01/1946 - BRASIL 3 x 4 URUGUAI
Copa Rio Branco - Estádio Centenário, Montevidéu, Uruguai
Gols: Jair Rosa Pinto (2), Riephoff (2), Zizinho, Medina e Volpi
Brasil: Ary (Botafogo), Domingos da Guia (Corinthians) e Norival (Flamengo); Ivan (Botafogo), Ruy (São Paulo) e Jayme de Almeida (Flamengo); Eduardo Lima (Palmeiras) (Tesourinha (Internacional)), Zizinho (Flamengo), Heleno de Freitas (Botafogo), Jair Rosa Pinto (Vasco) e Ademir Menezes (Vasco) (Chico (Vasco)).
Téc: Flávio Costa
Uruguai: Roque Máspoli (Peñarol), Mario Lorenzo (Peñarol) (Raul Pini (Nacional) e Eusebio Tejera (Nacional); Uribe Durán (Rampla Juniors), Obdulio Varela (Peñarol) e Luis Prais (Nacional); Luis Castro (Nacional) (José María Ortiz (Peñarol)), José María Medina (Nacional),
Raul Schiaffino (Peñarol), Juan Pedro Riephoff (Rampla Juniors) e Ramón Ferrés (Defensor Sporting) (Luis Volpi (Nacional).
Téc: Aníbal Tejada
09/01/1946 - BRASIL 1 x 1 URUGUAI
Copa Rio Branco - Estádio Centenário, Montevidéu, Uruguai
Gols: Medina e Ademir Menezes
Brasil: Ary (Botafogo), Newton Canegal (Flamengo) e Norival (Flamengo); Zezé Procópio (Palmeiras), Ruy (São Paulo) e Jayme de Almeida (Flamengo); Eduardo Lima (Palmeiras), Zizinho (Flamengo), Heleno de Freitas (Botafogo), Ademir Menezes (Vasco) e Chico (Vasco) (Jair Rosa Pinto (Vasco)).
Téc: Flávio Costa
Uruguai: Roque Máspoli (Peñarol), Raul Pini (Nacional) e Eusebio Tejera (Nacional); Uribe Durán (Rampla Juniors), Obdulio Varela (Peñarol) e Luis Prais (Nacional); José María Ortiz (Peñarol), José María Medina (Nacional) (Walter Gómez (Nacional)), Raul Schiaffino (Peñarol), Juan Pedro Riephoff (Rampla Juniors) (Juan Schiaffino (Peñarol)) e Luis Volpi (Nacional).
Téc: Aníbal Tejada
16/01/1946 - BRASIL 3 x 0 BOLÍVIA
Campeonato Sul-Americano - Estádio El Gasometro, Buenos Aires, Argentina
Gols: Heleno de Freitas (2'2T), Zizinho (20'2T) e Heleno de Freitas (33'2T)
Brasil: Ary (Botafogo), Domingos da Guia (Corinthians) e Norival (Flamengo); Ivan (Botafogo), Ruy (São Paulo) e Jayme de Almeida (Flamengo); Eduardo Lima (Palmeiras) (Tesourinha (Internacional)), Zizinho (Flamengo), Heleno de Freitas (Botafogo), Ademir Menezes (Vasco) e Jair Rosa Pinto (Vasco).
Téc: Flávio Costa
Bolívia: Vicente Arraya (Ferroviario), Alberto Achá (The Strongest) e José Bustamante (Litoral); Exequiel Calderón (The Strongest), Raul Fernández (The Strongest) e Leonardo Ferrel (The Strongest); Zenón González (The Strongest), Adrián Ortega (Ferroviario), Armando Tapia (The Strongest) (José Rosembluth (The Strongest)), Miguel Peredo (Junin) (Félix Garzón (Bolivar)) e Severo Orgaz (The Strongest).
Téc: Diógenes Lara
23/01/1946 - BRASIL 4 x 3 URUGUAI
Campeonato Sul-Americano - Estádio El Gasometro, Buenos Aires, Argentina
Gols: Jair Rosa Pinto (1'1T) e (16'1T), Medina (25'1T), Vásquez (37'1T), Heleno de Freitas (39'1T), Chico (44'1T) e Medina (5'2T)
Brasil: Ary (Botafogo), Newton Canegal (Flamengo) e Norival (Flamengo); Zezé Procópio (Palmeiras), Ruy (São Paulo) e Jayme de Almeida (Flamengo) (Aleixo (Corinthians)); Tesourinha (Internacional), Zizinho (Flamengo), Heleno de Freitas (Botafogo), Jair Rosa Pinto (Vasco) (Ademir Menezes (Vasco)) e Chico (Vasco) (Eduardo Lima (Palmeiras)).
Téc: Flávio Costa
Uruguai: Roque Máspoli (Peñarol), Raul Pini (Nacional) e Eusebio Tejera (Nacional); Luis Sabatel (Rampla Juniors), Obdulio Varela (Peñarol) e Luis Prais (Peñarol) (José Cajiga (Rampla Juniors)); Luis Volpi (Nacional), José María Medina (Nacional), Raul Schiaffino (Peñarol) (José García (Defensor Sporting)), José Antonio Vásquez (Peñarol) e Bibiano Zapiraín (Nacional).
Téc: Aníbal Tejada
29/01/1946 - BRASIL 1 x 1 PARAGUAI
Campeonato Sul-Americano - Estádio Almirante Cordero, Avellaneda, Argentina
Gols: Villalba (31'1T) e Norival (18'2T)
Brasil: Ary (Botafogo), Domingos da Guia (Corinthians) e Norival (Flamengo); Zezé Procópio (Palmeiras) (Ivan (Botafogo)), Ruy (São Paulo) e Aleixo (Corinthians); Tesourinha (Internacional), Zizinho (Flamengo), Leônidas da Silva (São Paulo), Ademir Menezes (Vasco) e Chico (Vasco) (Heleno de Freitas (Botafogo)).
Téc: Flávio Costa
Paraguai: Sinforiano Garcia (Cerro Porteño), Enrique Hugo (Guarani) e Amado Casco (Libertad); Isidoro Garcia (Chacarita Juniors), Julio Ramírez (Huracán) e Sixto Castor Cantero (Olimpia) (Doroteo Coronel (Nacional)); Francisco Calonga (Olimpia) (Alejandrino Genés (Nacional)), Vicente Sánchez (Nacional) (Nemesio Ferreira), Leocadio Marin (Olimpia), Delfín Benítez Cáceres (Sporting Barranquilla/COL) e Juan Bautista Villalba (Sportivo Luqueño).
Téc: Aurelio González
A linha de frente de 1946: da esquerda para a direita
de pé estão Tesourinha e Chico, e agachados estão
Zizinho, o veterano Leônidas da Silva e Ademir
03/02/1946 - BRASIL 5 x 1 CHILE
Campeonato Sul-Americano - Estádio El Gasometro, Buenos Aires, Argentina
Gols: Zizinho (4'1T), (41'1T), (1'2T) e (26'2T), Salfate (39'2T) e Chico (44'2T)
Brasil: Ary (Botafogo), Newton Canegal (Flamengo) e Norival (Flamengo); Ivan (Botafogo) (Zezé Procópio (Palmeiras)), Ruy (São Paulo) e Aleixo (Corinthians) (Danilo Alvim (América/RJ)); Tesourinha (Internacional), Zizinho (Flamengo), Heleno de Freitas (Botafogo), Jair Rosa Pinto (Vasco) e Chico (Vasco).
Téc: Flávio Costa
Chile: Hernán Fernández (Unión Española), Santiago Salfate (Green Cross) e José López (Magallanes); Rodolfo Claveria (Universidad Católica), Guillermo Fuenzalida (Colo Colo) (Francisco Las Heras (Magallanes)) e Hérnan Carvallo Castro (Universidad Católica); Mario Castro (Santiago Morning), Atilio Cremaschi (Unión Española), Osvaldo Sáez (Santiago Wanderers) (Víctor Mancilla (Universidad Católica)), Jorge Peñaloza (Colo Colo) (Erasmo Vera (Santiago Morning)) e Desiderio Medina (Santiago National).
Téc: Francisco Platko
10/02/1946 - BRASIL 0 x 2 ARGENTINA
Campeonato Sul-Americano - Estádio Monumental de Núñez, Buenos Aires, Argentina
Gols: Tucho Méndez (14'1T) e (20'1T)
Brasil: Luiz Borracha (Flamengo), Domingos da Guia (Corinthians) e Norival (Flamengo); Zezé Procópio (Palmeiras), Danilo Alvim (América/RJ) e Jayme de Almeida (Flamengo) (Ruy (São Paulo)); Tesourinha (Internacional) (Eduardo Lima (Palmeiras)), Zizinho (Flamengo) (Ademir Menezes (Vasco), Heleno de Freitas (Botafogo), Jair Rosa Pinto (Vasco) e Chico (Vasco).
Téc: Flávio Costa
Argentina: Claudio Vacca (Boca Juniors), José Salomón (Racing) (José Manuel Marante (Boca Juniors)) e Juan Carlos Sobrero (Newell's Old Boys); Juan Carlos Fonda (Platense), León Strembel (Racing) (Saul Ongaro (Estudiantes)) e Natalio Pescia (Boca Juniors); Vicente De la Mata (Independiente), Norberto "Tucho" Méndez (Huracán), Adolfo Pedernera (River Plate), Ángel Labruna (River Plate) e Félix Loustau (River Plate).
Téc: Guillermo Stábile
RESUMO:
Seleção Brasileira de 1946:
Ary (Botafogo), Domingos da Guia (Corinthians) e Norival (Flamengo); Zezé Procópio (Palmeiras) (Ivan (Botafogo)), Ruy (São Paulo) e Jayme de Almeida (Flamengo); Tesourinha (Internacional) (Eduardo Lima (Palmeiras)), Zizinho (Flamengo), Heleno de Freitas (Botafogo), Jair Rosa Pinto (Vasco) e Chico (Vasco) (Ademir Menezes (Vasco)).
Artilharia: Zizinho (6), Jair Rosa Pinto (4), Heleno de Freitas (3), Chico (2), Ademir Menezes (1) e Norival (1)
Participação:
7 jogos: Norival, Ruy, Zizinho e Heleno de Freitas
6 jogos: Ary, Tesourinha, Ademir Menezes, Jair Rosa Pinto e Chico
5 jogos: Zezé Procópio, Jayme de Almeida e Eduardo Lima
4 jogos: Domingos da Guia e Ivan
3 jogos: Newton Canegal e Aleixo
2 jogos: Danilo Alvim
1 jogo: Luiz Borracha e Leônidas da Silva
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