terça-feira, 15 de novembro de 2022

Brasileiros no futebol mexicano


Foram muitos os brasileiros que atuaram no futebol mexicano, a maioria pouco conhecidos no Brasil. Alguns, porém, com história com a camisa da Seleção Brasileira, como Didi, Mauro Ramos, Vavá (chegou ao América do México com 30 anos, e lá jogou de 1964 a 1967), Coutinho (o eterno parceiro de Pelé no Santos chegou ao Atlas em 1971 ainda com 28 anos, mas com muitos problemas de excesso de peso), Dirceu (jogou 6 meses pelo América do México após a Copa do Mundo de 1978), Tita, Bebeto (jogou no pequeno Toros Neza em 1999, depois de ter sido titular da Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 1998), Djalminha (em 2004, o meia, que fez história com o Deportivo La Coruña, na Espanha, chegou aos 34 anos para defender ao América, mas sua passagem por lá foi relâmpago), Fábio Santos (o lateral-esquerdo inflou a torcida do Cruz Azul de expectativas em 2015, mas teve passagem abaixo da esperada pelo mexicanos), e um já veterano Ronaldinho Gaúcho.

Entre muitos nomes pouco conhecidos dos brasileiros que brilharam no México estão Cabinho, Tiba e Alex Fernandes, um camisa 10 que foi determinante para que o Monarcas de Morelia conquistasse pela primeira vez em sua história o título mexicano em 2000. No Brasil, Alex havia defendido ao Náutico, ao Sport Recife e ao Migi-Mirim.

Em julho de 2018 a ESPN México escolheu o "Time dos Sonhos" entre todos os diversos brasileiros que em toda a história disputaram o Campeonato Mexicano. Eis os escolhidos:

1. TIAGO VOLPI
O goleiro se destacou pelo Figueirense, tendo sido contratado no fim de 2014 pelos Gallos Blancos de Querétaro, aonde aportou aos 24 anos. Foi titular da equipe durante 4 temporadas (2015, 2016, 2017 e 2018) e passou a ser considerado um dos melhores goleiros do futebol mexicano. Foi Campeão da Copa MX de 2016 e da Supercopa MX de 2017, e vice-campeão do Torneio Clausura de 2015. Em janeiro de 2019 deixou o Querétaro e assinou com o São Paulo, onde foi titular durante algumas temporadas.


2. GONÇALVES
Para os mexicanos: Marcelo Gonçalves. O zagueiro revelado pelo Flamengo, destacou-se pelo Botafogo em 1990 e foi vendido para o Tecos de Guadalajara quando estava com 24 anos, jogando por lá de 1990 a 1995. Com o Tecos, sagrou-se Campeão Mexicano de 1993. Regressou ao Brasil em 1995 de volta ao Botafogo, por quem foi Campeão Brasileiro de 95. Com a Seleção Brasileira foi reserva na Copa do Mundo de 1998. Antes da aposentadoria, seu último clube foi o Internacional.


3. JUNINHO
Mais um ex-jogador do Botafogo. O zagueiro foi revelado pelo Coritiba, destacou-se pelo Botafogo entre 2005 e 2007, e depois teve uma passagem sem sucesso pelo São Paulo em 2008. Passou pelo futebol da Coréia do Sul, e chegou ao Tigres em 2010, quando estava com 28 anos, e se tornou um dos jogadores mais vitoriosos da história do clube, ficando por mais de uma década como titular da zaga do Tigres, sagrando-se Campeão Mexicano em 2011, 2015, 2016 e 2017, e Tri-Campeão da Copa dos Campeões da América Central e do Norte em 2016, 2017 e 2018. Foram mais de trezentos jogos pelo Tigres.


4. MAURO RAMOS
Zagueiro histórico de São Paulo e Santos, com mais de trezentas partidas com a camisa de cada um dos clubes, e Bi-Campeão da Copa do Mundo com a Seleção Brasileia em 1958 e 1962, chegou ao México para defender ao Toluca já com 37 anos. Foi Campeão Mexicano de 1968 com "Los Diablos", titular da zaga, e tendo disputado 19 jogos e marcado 10 gols, fazendo história com a camisa do clube.


5. TIBA
O meia baiano José Damasceno, o Tiba, chegou ao futebol mexicano em 1991, aos 21 anos, para defender Pumas de UNAM, onde jogou até 1995, quando migrou ao Celaya. Em 1996 passou para o Atlante, onde ficou três anos. Voltou ao Celaya, onde jogou de 1999 a 2002. Em 2002 jogou no Santos Laguna, e de 2003 a 2005 jogou no Jaguares de Chiapas.


8. DIDI
Ícone do futebol brasileiro, onde brilhou com as camisas de Fluminense e Botafogo, e foi Bi-Campeão da Copa do Mundo de 1958 e 1962 com a Seleção Brasileira, e passagem pelo Real Madrid, da Espanha, o meia chegou ao México em 1965 para defender aos Tiburones Rojos de Veracruz, após uma passagem pelo Sporting Cristal, do Peru. Quando chegou ao México estava com 36 anos. A passagem pelo país foi curta, e já distante de apresentar o futebol do auge de sua carreira.

Didi no meio da foto

7. TITA
Jogador revelado pelo Flamengo, por quem foi Campeão da Copa Libertadores de 1981, e com posterior passagem pelo Grêmio, onde foi Campeão da Copa Libertadores de 1983, também teve passagens relevantes por Internacional, Vasco da Gama, Pescara, da Itália, e Bayer Leverkusen, da Alemanha. Com a Seleção Brasileira, foi reserva na Copa do Mundo de 1990. Chegou ao México em 1990, aos 32 anos. Tornou-se ídolo do León, onde jogou de 1990 a 1997, com uma breve passagem pelo Puebla entre 1994 e 1995. Foi Campeão Mexicano de 1992, 5º título da história do León, que, no entanto, não era campeão desde 1956. Com o León disputou 167 jogos e marcou 97 gols. Pelo Puebla, foram 42 jogos e 23 gols.


6. ANTÔNIO CARLOS SANTOS
Meia esquerda revelado pelo Fluminense e com passagem pelo Botafogo, estava atuando pelo Mogi-Mirim quando foi contratado pelo América do México, onde chegou com 23 anos, e jogou de 1987 a 1994, marcando época no clube. Ainda atuou na temporada 1994/95 pelo Tigres e n temporada 1995/96 pelo Veracruz. Passou pelo futebol japonês e voltou ao México, onde, entre 1998 e 2000 jogou por Santos Laguna, Monarcas de Morelia, Atlante e Lobos de Puebla. Foi Bi-Campeão Mexicano e Bi-Campeão da Copa dos Campeões das Américas Central e do Norte em 1988 e 1989. É considerado pelos mexicanos como um dos jogadores mais habilidosos que já pisou nos campos de futebol do país.


10. RONALDINHO GAÚCHO
O único jogador a ter vencido um Troféu Bola de Ouro da FIFA (em 2004 e 2005) a ter atuado no México. Começou no Grêmio, passou pelo Paris St-Germain, da França, foi Campeão da Copa do Mundo de 2002 com a Seleção Brasileira, e teve seu apogeu no Barcelona, na Espanha, entre 2003 e 2008. Já em descendência técnica, passou pelo Milan, da Itália, pelo Flamengo e pelo Atlético Mineiro, com quem foi Campeão da Copa Libertadores da América de 2013. Em setembro de 2014 foi contratado pelos Gallos Blancos de Querétaro, chegava ao México aos 34 anos. Disputou o Torneio Apertura 2014 e o Torneio Clausura 2015, levando o Querétaro ao vice-campeonato, estava longe de suas melhores condições físicas, disputou 25 partidas e marcou 8 gols.


9. CABINHO
O atacante Evanivaldo Castro Silva, o Cabinho, foi um jogador revelado nas divisões de base do Flamengo em 1969, por quem fez apenas 6 jogos. Passou por Portuguesa de Desportos e Atlético Mineiro, e em 1974 chegou ao México, , contratado pelo Pumas de UNAM, onde jogou até 1979, tendo sido Campeão Mexicano de 1977. Nos Anos 1980, ainda defendeu a Atlante, León e Tigres. Foi o artilheiro do Campeonato Mexicano por 7 vezes consecutivas nas temporadas 1975/76 (29 gols), 1976/77 (35 gols), 1977/78 (33 gols), 1978/79 (26 gols), 1979/80 (30 gols), 1980/81 (29 gols) e 1981/82 (32 gols), além de ter voltado a ser o artilheiro, numa 8ª vez, na temporada 1984/85 (23 gols). É o maior artilheiro da história do futebol mexicano, com 312 gols marcados, a frente dos mexicanos Carlos Hermosillo e Jared Borgetti, e do paraguaio José Cardozo.


11. ZAGUE
O ponta-esquerda José Alves, o Zague, destacou-se no futebol brasileiro pelo Corinthians entre 1956 e 1961, tendo feito 242 jogos e marcado 127 gols pelo clube. Em 1961 foi contratado pelo América do México, onde atuou até 1969. Chegou ao país aos 25 anos. Pelo América, disputou 299 partidas e marcou 86 gols, tendo ficado sendo chamado de "Rei do México", tendo sido Campeão Mexicano de 1966. Seu filho, Zaguinho, nascido no país, defendeu a Seleção Mexicana nos Anos 1990.


Técnico:
RICARDO FERRETTI
Como jogador, atuou de 1968 a 1975 pelo Botafogo, teve rápida passagem pelo Vasco da Gama, e a partir de 1977 jogou no México, vestindo as camisas de Atlante, Pumas de UNAM, Coyotes Neza, Monterrey e Toluca, encerrando a carreira em 1991. Assim que se aposentou, assumiu a função de treinador no Pumas, onde havia se aposentado. Ficou a frente do clube de 1991 a 1996. De 1996 a 2000 treinou ao Chivas de Guadalajara, tendo sido Campeão Mexicano de 1997. De 2000 a 2003 teve sua primeira passagem pelo Tigres. Em 2003/04 treinou ao Toluca, em 2005 ao Monarcas de Morelia, e em 2006 passou uma segunda vez pelo Tigres. De 2006 a 2010 treinou ao Pumas de UNAM, tendo sido Campeão do Torneio Clausura de 2009. Em 2010 assumiu pela terceira vez ao Tigres, onde ficou por mais de uma década, obtendo o maior desempenho de sua carreira, conquistando 6 títulos nacionais: Campeão do Torneio Apertura de 2011, do Torneio Clausura de 2014, do Torneio Apertura de 2015, do Torneio Apertura de 2016, do Torneio Apertura de 2017 e do Torneio Clausura de 2019, além de ter sido Vice-campeão da Copa Libertadores da América de 2015, perdendo a final para o River Plate. Foram mais de 1.300 jogos comandando equipes do banco de reservas no Campeonato Mexicano, um treinador lendário no país. Dirigiu a Seleção do México em três oportunidades, em 1993, 2015 e 2018.



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