Sem se reunir durante todo o ano
de 1943, a Seleção Brasileira só jogou dois jogos em 1944, e obteve dois
resultados convincentes, duas goleadas sobre o Uruguai, por 6 x 1 no Rio de
Janeiro e por 4 x 0 em São Paulo. Começava ali a Era Flávio Costa como
treinador da seleção. O então treinador do Flamengo ficou a frente da Seleção
Brasileira de 1944 a 1950.
Em 1945, o Brasil voltava a
disputar o Campeonato Sul-Americano, que se realizaria em Santiago, no Chile, e
novamente teria sete participantes. O time titular do Brasil jogava com: Oberdan
(Palmeiras), Domingos da Guia (Corinthians) e Norival (Flamengo), Biguá
(Flamengo), Rui (São Paulo) e Jaime de Almeida (Flamengo), Tesourinha
(Internacional), Zizinho (Flamengo), Heleno de Freitas (Botafogo), Ademir
Menezes (Vasco) e Chico (Vasco).
Os três primeiros jogos foram
animadores: 3 x 0 na Colômbia, 2 x 0 na Bolívia e 3 x 0 no Uruguai. Mas mais uma
vez o Brasil sucumbiu diante da Argentina, com uma derrota por 3 x 1, com três
gols de Norberto Méndez. Nos dois últimos jogos, goleada por 9 x 2 sobre o
Equador e vitória simples por 1 x 0 sobre o Chile. O Brasil terminava como
vice-campeão.
No ano seguinte, houve uma nova
edição do torneio, desta vez em Buenos Aires. Antes, porém, três jogos contra a
Argentina pela Copa Roca, e dois contra o Uruguai pela Copa Rio Branco.
Destaque para a goleada por 6 x 2 aplicada em cima dos argentinos no estádio de São
Januário, no Rio de Janeiro. Os gols
brasileiros nesta goleada foram feitos por Ademir Menezes (dois), Heleno de
Freitas, Leônidas da Silva, Zizinho e Chico. O Brasil aos poucos montava a base
que viria a disputar a Copa do Mundo de 1950.
No Sul-Americano, o time titular
do Brasil teve: Ari (Botafogo), Domingos da Guia (Corinthians) e Norival
(Flamengo), Zezé Procópio (São Paulo), Rui (São Paulo) e Jaime de Almeida
(Flamengo), Tesourinha (Internacional), Zizinho (Flamengo), Heleno de Freitas
(Botafogo), Ademir Menezes (Vasco) e Chico (Vasco), com Jair da Rosa Pinto,
também do Vasco, também tendo atuado bastante. Era o maior torneio continental
até então, reunindo nove países (só a Venezuela não havia participado ainda). O
time de Flávio Costa venceu à Bolívia por 3 x 0 e ao Uruguai por 4 x 3. Depois
empatou em 1 x 1 com o Paraguai e goleou o Chile por 5 x 1. Definiu o título
contra a Argentina, dona da casa, e perdeu por 2 x 0 numa partida que foi
marcada por uma pancadaria generalizada, mais uma vez. Os gols argentinos foram
feitos mais uma vez por Norberto Méndez, ambos marcados após a paralisação de
mais de cinqüenta minutos em decorrência do conflito generalizado em campo.
Por conta da briga, o Brasil
voltou a não participar do Campeonato Sul-Americano disputado em 1947 no
Equador. O torneio reuniu oito seleções e teve, mais uma vez, a Argentina como
campeã, o terceiro título consecutivo em três anos seguidos. No time argentino
se destacavam Alfredo Di Stéfano, Méndez, Moreno e Losteau.
Com os três títulos consecutivos,
a Argentina tornava-se a maior vencedora do torneio continental. Àquele
momento, os argentinos chegaram a 9 títulos, contra 8 do Uruguai, 2 do Brasil e
1 do Peru. Das 20 edições, no entanto, o Brasil não havia participado de 8 delas.
Sem jogar o Sul-Americano de
1947, a Seleção Brasileira jogou só dois jogos naquele ano, ambos contra o
Uruguai pela Copa Rio Branco, com um empate em Montevidéu e uma vitória no Rio
de Janeiro. Em 1948 também só houve dois duelos contra os uruguaios, um empate
e uma derrota, ambos em Montevidéu.
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